segunda-feira, 29 de junho de 2015

Capítulo 39 - A cirurgia foi um sucesso + O jogo de despedida

LEIAM O RECADO NO FINAL

Clara: FALA LOGO MÃE - eu já estava chorando, o médico me olhou e saiu dali
Marcela: Maria... o seu pai, ele... ele tá em coma - sabe quando você não sente mais o chão debaixo dos pés? quando você esquece até como se respira? então...
Clara: mãe, não - a abracei e chorei mais ainda, assim como ela - me fala que é mentira, por favor - desfiz o abraço e a olhei
Marcela: infelizmente é verdade, Clara. Eu não sei como foi direito, assim que eu falei com o Guilherme, os médicos me chamaram, dizendo que seu pai não estava bem e... me falaram que ele iria pra UTI e agora me falaram do coma. Eu não sei o que eu faço, filha - voltou a chorar e eu me sentei com ela
Clara: eu vou lá saber - dei um beijo nela, sequei meu rosto e levantei - avisa o Thi, fala pra eles virem pra cá - ela assentiu - já volto - saí dali e fui até a sala que vi o doutor entrar, bati na porta e me mandaram entrar - licença
xxxx: boa noite - assenti e ele apontou pra que eu me sentasse, então me sentei - você deve ser filha do Marcos né? - eu assenti - eu sou o Carlos Mugione, um dos responsáveis pelo paciente - apertou minha mão
Clara: Maria Clara - ele sorriu de canto - o que aconteceu? - uma lágrima escorreu pelo meu rosto
Carlos: então - respirou fundo - o seu pai, como você sabe, estava com um tumor no cérebro e nós realizamos a cirurgia - eu assenti - ele sentiu algumas dores e isso era até normal, por isso ele continuou aqui. Só que hoje ele acabou desmaiando. Nós realizamos uma tomografia e, vimos que havia se formado uma coágulo sanguíneo no lugar do tumor. Como isso se tornou grave, nós o transferimos para a UTI e tivemos que induzi-lo ao coma - eu não aguentei segurar as lágrimas, parecia que tudo era mentira
Clara: mas, ele vai acordar, não vai? quando?
Carlos: isso é meio complicado, por que, ele pode acordar daqui dois dias, uma semana, um mês, um ano... não se sabe. Nós vamos realizar uma nova cirurgia para a sucção desse coágulo, o que é um tanto quanto arriscado, mas é necessário
Clara: e quando vai ser essa cirurgia?
Carlos: quanto mais rápido, melhor. Só precisamos da autorização de vocês - eu respirei fundo e vieram várias coisas na minha cabeça, eu não podia perder o meu pai, não agora
Clara: pode fazer, nós autorizamos
Carlos: vou pedir para organizarem os papéis e levo para vocês assinarem 
Clara: tudo bem - levantei - obrigada - ele assentiu e eu saí da sala, fui onde minha mãe estava e vi meus tios, o Thiago, o Gui e a Dani ali. fui até eles e abracei o Thi, que estava chorando e me abraçou super forte - Thi, ele tá mal - chorei junto com ele
Falei com todos ali e contei o que havia acontecido. O Dr. Carlos trouxe os papéis e minha mãe assinou. Ele nos explicou que a cirurgia seria um tanto quanto delicada e que demoraria horas, por conta do cuidado que deve ser tomado.
Marcela: filha, vai pra casa, agora a gente só pode rezar e pedir a Deus pra que tudo dê certo
Clara: mas eu queria ficar
Gui: bora pra casa, Clarinha, é melhor - eu o olhei
Tio Alex: vai Clara, eu e tua tia vamos ficar aqui
Thiago: e eu também
Tia Carla: vai lá, vai, qualquer coisa a gente liga - eu respirei fundo
Clara: tá, eu vou, mas me avisem, por favor, amanhã cedo eu tô aqui
Marcela: eu aviso filha, pode ir - eu ainda tentei ficar, mas eles amam me tratar como criança, me despedi e fui pra casa, com o Gui e a Dani
Chegamos no meu apê, falei pro Gui qual quarto eles ficariam, a dani foi tomar um banho e o Gui ficou na sala comigo. eu fiquei pensando no meu pai e comecei a chorar
Gui: Clara - o olhei - vai dar tudo certo, calma - eu peguei meu celular
Clara: eu vou ligar pro Jún... - parei, o Gui me olhou e eu joguei o celular no sofá - merda! até esqueci que nem namorado eu tenho mais. Dia de bosta! - chorei mais ainda e o Gui veio pro meu lado
Gui: não tem namorado, mas tem amigo e família, para com isso, pensa só no teu pai - me deu um beijo na testa e a Dani voltou ali
Dani: Clara, vai tomar um banho pra relaxar um pouco, vai - a olhei
Gui: isso, vai lá
Clara: é o que me resta né - sequei meu rosto e levantei - fiquem a vontade aí - mandei beijo pra eles e fui pro meu quarto. Tomei um banho super demorado, pensei em tudo, no término do namoro, na situação do meu pai e em que eu posso ter feito pra merecer tudo isso. Saí do banho, me deitei e tentei dormir, o que estava meio impossível, mas depois de muito insistir, acabei dormindo.

Júnior POV on:
Estava quase pegando no sono, quando meu celular tocou, olhei e era o Guilherme, então atendi super rápido
Início
Júnior: fala, Gui
Gui: mano, tu não vai acreditar, véi
Júnior: o que? aconteceu alguma coisa com a Clara? - a voz dele parecia tensa
Gui: Juninho, o Marcos tá em coma, mano - eu sentei na cama
Júnior: para Guilherme, fala que você tá zoando, irmão
Gui: é sério irmão, cheguei lá no hospital e a Marcela tava arrasada
Júnior: meu, eu não acredito - coloquei a mão na cabeça - e a Clara? como ela tá? cara, eu sou um burro, as coisas pioraram e eu não estou do lado dela
Gui: ela tá mal pra caralho mano, chorei igual criança lá no hospital, custamos pra conseguir fazer ela voltar pra casa. Ela ia te ligar
Júnior: é o que? - pensei ter escutado errado
Gui: ela esqueceu que você tinha terminado com ela, pegou o telefone e disse que ia ligar pra você, aí se tocou e jogou o celular no sofá. Tá foda ver ela assim - senti meus olhos arderem
Júnior: eu podia amenizar isso e acabei piorando tudo, eu sou um filho da puta mesmo - dei um soco na cama
Gui: agora não adianta ficar assim irmão, o que tu tem que fazer agora, é rezar e pedir pra que o Marcão saia dessa
Júnior: eu vou fazer isso... mas como foi essa história? - ele me explicou o que tinha acontecido e que o Marcos iria fazer uma cirurgia meio demorada - meu, eu queria ver a Clara
Gui: melhor não, isso só vai piorar tudo, tu sabe com ela é - eu respirei fundo
Júnior: é, tu tem razão... mas por favor, vai me informando de tudo
Gui: claro, pode deixar
Júnior: tu tá na casa dela, né?!
Gui: tô, tô aqui
Júnior: e cade ela?
Gui: acabei de ir no quarto dela e estava dormindo
Júnior: pelo menos isso
Gui: é... vou desligar aqui, irmão, qualquer coisa te aviso
Júnior: firmeza Gui, valeu, fica com Deus
Gui: tu também irmão, falou
Fim
Eu não podia acreditar no que estava acontecendo, eu acabei ferrando tudo, eu sou um verdadeiro idiota. Agora a Clara tá mal, e eu nem pra estar do lado dela, presto. Peguei uma foto nossa, a única que eu tinha deixado aqui no apê e fiquei a olhando... eu só espero que um dia ela me perdoe.
Júnior POV off

No domingo, acordei super cedo, na verdade, não consegui dormir direito, estava exausta e completamente triste por tudo o que estava acontecendo. Me levantei e como ainda eram 07h45, fui tomar um banho morno. Saí rapidinho, me vesti e fui pra sala, encontrando o Guilherme ali no sofá
Clara: tá fazendo o que acordado? - ele tomou um susto e eu ri fraco - desculpa - ele riu
Gui: não consegui dormir - sorriu de canto - tá melhor? - eu assenti
Clara: você vai pro hospital comigo?
Gui: claro, só deixa a Dani acordar e a gente vai... a Rose chegou aí
Clara: tá bom... vou lá falar com ela - dei um beijo na bochecha dele e fui até a cozinha, onde a Rose estava preparando o café - tia - minha voz já embargou e ela me olhou
Rose: ô meu amor - secou as mãos, veio até mim e me abraçou forte, muito forte - calma, tudo vai dar certo, só confia em Deus, Ele sabe de todas as coisas e com certeza não vai fazer com que seu pai nos deixe. Vai ficar tudo bem e um dia nós vamos lembrar de tudo isso, com um sorriso no rosto, lembrando da vitória do seu pai e da lição de vida que todos nós tivemos. Acredita, filha - é por isso que eu amo essa mulher, ela sempre sabe o que dizer
Clara: obrigada, tia, e eu confio sim, Ele vai tirar meu pai dessa, eu acredito - desfiz o abraço e a olhei sorrindo
Rose: isso - secou meu rosto e me deu um beijo na testa
Clara: obrigada - sorri - eu amo você
Rose: eu também te amo, muito - sorriu - agora chama o Gui e vem comer, por que eu sei que você vai querer voar pra aquele hospital - eu ri fraco e fui até a sala
Clara: Gui - ele parou de mexer no celular e me olhou - vem comer - botou o celular no bolso e se levantou, vindo em minha direção e passando o braço pelo meu ombro
Gui: te amo - deu um beijo na minha testa e eu sorri
Clara: eu também te amo - o abracei pela cintura e entramos na cozinha. Comemos rapidinho e a Dani acordou, tomou um banho e disse que comeria só uma fruta. Ela comeu, nós nos despedimos da tia Rose e fomos pro hospital.
Chegando lá, encontrei minha mãe e a tia Carla ali, cumprimentei as duas, o Gui e a Dani fizeram o mesmo e nos sentamos ali
Clara: e aí? - olhei pra minha mãe
Marcela: ainda estão no centro cirúrgico - respirei fundo
Clara: vai dar tudo certo - assenti a olhando - cadê o tio e o Thiago?
Carla: tiveram que ir pra empresa, mas de tarde eles estão aqui - assenti
Marcela: a Nadine e o Neymar vieram aqui - eu me espantei
Clara: que? como?
Marcela: não sei, eles ficaram sabendo, vieram hoje super cedo... você e o Júnior terminaram mesmo? - eu assenti e abaixei a cabeça, acho que ela entendeu, por que não disse mais nada. Ficamos ali por mais duas horas e vi o doutor Carlos vindo em nossa direção, logo levantei
Clara: e então, doutor? - ele nos olhou
Carlos: bom, a cirurgia foi um sucesso e eu posso te afirmar que, vocês vão ter o Marcos de volta - sabe quando o céu se abre e você vê um sol enorme brilhando sob sua cabeça? eu estava assim
Clara: eu sabia - disse com os olhos marejados e abracei a minha mãe - ele vai voltar pra gente, mãe - desfiz o abraço e sorri
Marcela: obrigada - disse olhando para o Carlos, que sorriu. Fui até o Gui e ele me abraçou
Gui: viu, vai ficar tudo bem, vai dar tudo certo - eu assenti sorrindo e a Dani também me abraçou
Dani: agora é o momento de botar um sorriso nesse rosto e esperar pra ter seu pai em casa de novo, vai dar tudo certo - sorriu
Clara: obrigada, Dani - retribui o sorriso e abracei a tia Carla
Carla: viu meu amor, teu pai é forte e nosso amor por ele também, vai dar tudo certo - assenti sorrindo e com lágrimas nos olhos
Marcela: a gente vai poder vê-lo?
Carlos: ele está sedado, por que o coma induzido ainda deixa a pessoa com sensações e então o sedamos. Mas daqui a algumas horas eu libero as visitas
Clara: é... ele ainda não saiu do coma né?! - ele me olhou cabisbaixo
Carlos: infelizmente não, mas nós vamos fazer o possível pra acelerar esse processo - eu assenti, ele pediu licença e saiu dali.
[...]
Depois de ter visto o meu pai e ter tido a certeza de que ele estava melhor, fui pra casa sem nem pestanejar e consegui arrastar a minha mãe comigo. Ficamos juntinhas o resto da tarde, o Gui e a Dani voltaram pra Santos e eu chamei a Gabi pra dormir com nós duas, já que eu ainda não havia contado pra ela o que tinha acontecido.
Contei a ela sobre tudo e aproveitei pra explicar a minha mãe, o inexplicável, o término do namoro, elas também não entenderam, mas acreditam que tem algum motivo que o fez terminar sem nem me explicar o por que. Assistimos alguns filmes e caímos no sono.

24 de Setembro (quarta-feira)
Nesse um mês que se passou, pouca coisa mudou. Nunca mais falei com o Júnior, porém, conversei com a Nadine, que parecia meio estranha, triste ou nervosa com alguma coisa e me disse coisas maravilhosas e que, nada ia acabar como estava, é claro que eu não entendi, mas tudo bem. A Rafa está sempre comigo, por que segundo ela, eu nunca vou deixar de ser tua cunhada, apesar de que, pro irmão, já deixei de ser. Ela estava meio estranha, parecia triste, mas não, não era pelo término, eu senti que estava acontecendo alguma coisa, mas ela disse que era coisa da minha cabeça, assim como a mãe havia me dito. O Gui e a Gabi estão sendo essenciais pra mim, assim como a Dani também, que agora é oficialmente namorada do bêbado mais zoeiro desse mundo e se tornou uma amigona pra mim. 
Meu pai, bom, o meu pai ainda está em coma, mas os médicos afirmam que o quadro dele teve uma melhora considerável e que, a qualquer momento ele pode voltar a sã consciência, é claro que eu fiquei extremamente feliz por isso e só agradeço a Deus por estar fazendo as coisas darem tão certo para mim, para nós...
Bom, nessas duas ultimas semanas estive pensando bastante e tomei uma decisão que eu posso sim, me arrepender depois, mas estou muito decidida e, eu vou parar com os jogos, vou me afastar e me dedicar à minha família. Conversei com a Federação e eles entenderam o meu lado, disseram que meu jogo de despedida seria justamente um Santos x Corinthians amanhã, na Vila Belmiro e eu seria terceira auxiliar, aquela que fica ao lado do gol, sabe? Disseram que além de parar ali, eu deveria ter o privilégio de ver tudo de uma maneira mais emocionante. Fiquei feliz por poder terminar com o time do meu coração, mas extremamente receosa, por que iria reencontrar o Júnior depois de tudo o que aconteceu. Acordei com a Rafaella jogando as pernas pra cima de mim
Clara: Rafaella! - ela deu um pulo e eu ri - meu, se arruma, você é pesada, filha - ela riu e abriu os olhos
Rafa: para de ser chata meu - eu joguei as pernas dela pro lado
Clara: para de ser folgada meu - rimos - vai, levanta, por que eu tenho que arrumar meu quarto e depois a gente sobe pra Santos
Rafa: eu tinha esquecidooo - levantou da cama num pulo - fica lá em casa vai, por favor
Clara: você tá louca, né, só pode, eu hein, é claro que não
Rafa: para de graça, o Júnior não vai estar lá, ele já está concentrado - eu fiquei a olhando - fica, por favor - sorriu e eu ataquei um travesseiro na tua cara
Clara: eu te odeio - ela riu - eu fico, mas se teu irmão ficar sabendo disso, eu te mato
Rafa: mata nada, você me ama - riu e me deu um beijo na bochecha - vou tomar meu banho - correu pro banheiro. Me levantei rindo, coloquei meu chinelo, arrumei meu quarto rapidinho e bati na porta do banheiro - fala Maria chata - eu ri
Clara: quero escovar meus dentes
Rafa: a porta tá aberta, insuportável - riu e eu entrei
Clara: que cena horrorosa - a olhei dentro do box e ri
Rafa: não tá se vendo no espelho, querida - riu e eu a acompanhei. Escovei meus dentes e saí do banheiro. Fi até a cozinha e como já imaginava, a rose não estava, pois havia ido ao supermercado. Preparei umas torradas, peguei iogurte e granola, coloquei tudo na mesa e fui pro meu quarto de novo, a Rafa já estava se trocando
Clara: vou tomar meu banho, preparei o café, mas é pra me esperar - ela riu debochada - eu to falando sério, ou te jogo pela janela
Rafa: você não seria capaz... cunhadinha - a olhei e ela gargalhou - paz e amor, parei
Clara: idiota - revirei os olhos e acabei rindo - o recado está dado - peguei minhas coisas e fui pro banheiro
[...]
Depois de tomarmos o café e limparmos tudo ali, arrumei minhas coisas, peguei-as, a Rafa fez o mesmo e saímos do apê. Fomos rumo a Santos cantando igual duas loucas. 
Chegamos e eu deixei meu carro na garagem, mais precisamente, na vaga do Neymar. Pegamos nossas coisas e subimos. Entramos no apartamento e estava o Jota e a Nadine no sofá
Rafa: olha quem tá aquii - disse toda animada e eles nos olharam, eu só ria
Jota: Clarinhaa, tu aparecendo por aqui? que milagre - riu e se levantou, me abraçando logo em seguida - saudade po
Clara: também Jotinha, também - desfizemos o abraço e ouvi algo do tipo "e amanhã será a despedida do jog..." até a Nadine desligar a tv
Nadine: que bom que você apareceu aqui, veio até mim e também me abraçou, estava com saudades, apesar de termos nos visto anteontem - rimos 
Clara: eu também estava com saudades - desfizemos o abraço
Rafa: então né, vamos lá em cima, guardar as coisas e tal? - sorriu falso e eu ri
Clara: calma, a mãe é toda sua - rimos
Nadine: ela só faz cena - riu - vão lá guardar as coisas e depois venham comer o bolo que eu fiz - assentimos e subimos. Passamos pelo quarto do Júnior e não sei se foi coisa da minha cabeça, mas juro que senti o perfume dele. Entramos no quaro da Rafa e logo descemos. 
Comemos o bolo da tia em meio a conversas de todos os tipos, desde a situação do meu pai, à minha despedida, pelo menos temporária dos jogos. Falei com a minha mãe por telefone e minha bateria acabou, fui até minha mala e adivinhem? yes, esqueci o meu carregador. Desci novamente e fui falar com a Rafa, já que o Jota havia saído e a Na tinha ido pra Elleven 
Clara: ô Rafagrela, empresta um carregador aí, esqueci o meu
Rafa: primeiramente, vai se foder, segundamente, meu celular tá carregando - sorriu sinica e eu levantei a sobrancelha
Clara: seja util - ela riu
Rafa: deve ter algum, lá no quarto do meu irmão, ele tem vários, pega lá - eu fiquei a olhando - sem frescura nessa bunda bronzeada - eu ri - vai lá logo, você sabe onde fica
Clara: a casa é sua
Rafa: o celular que tu quer carregar, é o teu - riu
Clara: filha da mãe, você me paga - ela me mandou um beijo, rindo e eu subi, contrariada, mas subi. Entrei no quarto dele e tudo me veio a cabeça novamente... e eu achando que já tinha esquecido, aiai. Fui procurar o carregador e vi que ele havia deixado todas as nossas fotos do jeitinho que estavam antes, TODAS. É claro que não entendi, mas ok. Fui até seu criado mudo, peguei um dos cinquenta carregadores que esse menino tem (puro exagero) e saí dali.
Rafa: doeu?
Clara: muito, mais do que eu esperava
Rafa: ai - fez uma cara de "esqueci" - tem foto de vocês lá ainda né - eu assenti e botei o carregador na tomada - desculpa
Clara: relaxa, ridícula - ri.

25 de setembro (quinta-feira)
Acordei por volta das oito horas, tomei um banho ali no banheiro do quarto, arrumei minhas coisas, desci e o seo Neymar estava sentado ali no sofá, lendo jornal
Clara: bom diaa - dei um beijo na bochecha dele
Neymar: bom dia, Clara - vi que o jornal em sua mão tinha o Neymar e os outros que estavam na mesinha de centro, também. Ele percebeu que fiquei olhando e logo fechou o jornal, colocando sobre os outros, sem que eu pudesse ver ou tentar ler o que havia escrito. Ok, eu não sabia que o Neymar estava tão em alta assim, a ponto de estar estampado em todos os jornais. É certo que, ultimamente a unica coisa que consigo ver na televisão, é a novela das dez e olhe lá, mas sei lá né
Clara: cadê a tia Na? - me despertei dos meus devaneios
Neymar: ela, ela está lá na cozinha - ele ficou estranho
Clara: vou lá então - ele assentiu e fui até lá - bom dia,  coisa linda
Nadine: bom dia, meu amor - sorriu, secou as mãos e me deu um beijo - dormiu bem?
Clara: mais ou menos, muito ansiosa né - sorri de canto
Nadine: é, eu também - como assim "eu também"? - é, quer dizer, eu também dormi mais ou menos, estava com uma dor horrível nas costas
Clara: que ruim, mas já está melhor?
Nadine: estou sim - sorriu
Bom, fiquei lá até as 18h40, que foi quando tive que me despedir deles e partir pra Vila Belmiro. Cheguei lá e foi aquele blá blá blá todo, eles me agradeceram pelos jogos que fizemos juntos, pela parceria e por esses anos de aprendizado uns com os outros.
Por volta das 21h30, nós subimos pro gramado, percebi que haviam várias faixas da torcida, pelo estádio, mas uma delas me chamou a atenção, ela estava na torcida jovem, com a imagem dele e embaixo escrito "Eu vou, mas eu volto..." te esperamos", nem consegui entender aquilo, pois me despertei quando o Héber pediu para que os bandeirinhas fossem aos vestiários, enquanto nós vistoriamos as redes, bandeiras de escanteio e etc.
Os jogadores começaram a subir e meu coração apertou, não sei se, por ser a ultima vez vendo essa cena aqui de dentro, ou... sei lá. Cantamos o hino, os jogadores nos cumprimentaram e, por incrível que pareça, ele agiu normalmente comigo, mas o olhar dele, dentro dos meus e um pouco vermelhos (não sei por que), me pegou em cheio, confesso. Fomos para nossos devidos lugares e o jogo começou (...) O Santos já estava ganhando de 2x0, um gol dele e outro do Lucas Lima. O jogo estava pra terminar e o Héber pegou a bola no meio de campo, veio com ela na mão, em minha direção, me entregou a mesma e o apito, confesso que fiquei surpresa
Héber: vai, teu ultimo jogo, sente a emoção de um jogo oficial - sorriu, eu retribui, peguei os dois e apitei o final do jogo já com lágrimas nos olhos. A torcida aplaudiu e o Héber me abraçou - vai fazer falta, bandeirinha - rimos e desfizemos o abraço. Vários jogadores, tanto do Corinthians, quanto do Santos, vieram falar comigo e tal, é claro que me emocionei. Mas fiquei com a pulga atrás da orelha, quando vi que todos, ou quase todos os jogadores estavam abraçando ele, não entendi. Depois de um tempo, ele também veio até mim e eu fiquei sem reação nenhuma
Neymar: parabéns por tudo o que tu já fez... tenho mó orgulho de ti
Clara: obrigada - foi a unica coisa que saiu da minha boca, até sentir ele me abraçando, um tempo depois, eu retribuí. Foi um abraço diferente, parecia realmente de, despedida. Ele desfez o abraço e seus olhos estavam marejados. Logo o Vinicius Vieira, um dos caras da Santos TV, falou num microfone, lá no meio de campo.
Vinicius: bom... Neymar, Maria Clara e Héber, por favor - nos chamou até lá e aí é que eu não entendi bulhufas, fomos indo até ele. - hoje é um dia especial, não só por termos ganho um grande clássico, mas por termos hoje duas despedidas importantes para o Santos Futebol Clube - como assim duas? olhei pro Neymar e ele estava me olhando com os olhos vermelhos, logo gesticulou um "desculpa" e, eu não queria acreditar nisso - Infelizmente nosso maior craque dos ultimos tempos resolveu nos deixar, pra ir realizar um outro sonho, o de defender as cores do Barcelona. Então tudo o que podemos fazer, é agradecer por tudo que tu fez pelo nosso time, pela nossa torcida e pelo nosso futebol - eu estava em outro mundo, completamente distante dali. Como assim, ele vai embora? vai deixar tudo? será que... não, esse não pode ser o motivo pelo qual ele terminou nosso namoro - e assim como você deixou registrado lá no vestiário do nosso CT, você vai, mas volta e nós vamos esperar esse dia - a torcida começou a gritar e a bater palma, logo depois fazendo ecoar o famoso "Olê olê olê olá, vai pra cima deles Neymar" pelo estádio todo. O Vinicius entregou o microfone pra ele, que estava chorando
Neymar: é - respirou fundo e tentou secar as lágrimas - eu sou extremamente grato ao Santos e a essa torcida maravilhosa, por todos os elogios, as criticas que me fizeram crescer, agradeço por todas as vezes que gritaram meu nome e todas as vezes em que me apoiaram, como estão fazendo agora. A torcida do Santos, eu sei que, foi a que realmente sempre torceu por mim e podem ter certeza, de que eu também estarei torcendo por vocês, independente do lugar que eu esteja. E sim, eu vou voltar, por que, como diz o ditado, "o bom filho, a casa torna" e eu vou voltar pra cada vez dar mais alegrias a vocês e a mim mesmo, que amo esse Clube, que me lançou e me fez ser quem eu sou hoje - a voz dele voltou a embargar - obrigado por tudo, eu amo vocês - eles começaram a gritar e a aplaudir de novo e vê-lo chorando era horrível, mas mais horrível ainda, é perceber que eu era a unica que não sabia disso e estava chorando, estava sofrendo, por que tudo podia ter sido diferente. O Vinicius voltou a falar
Vinicius: e como eu havia dito, são duas despedidas né - passou a mão pelo meu ombro - é óbvio que vocês torcedores não sabiam, mas, a nossa bandeirinha, que hoje foi terceira auxiliar, é santista - alguns gritaram - e devido a alguns problemas pessoais, ela não vai mais atuar, nem aqui na Vila Belmiro, nem em outro estádio do Brasil e é por isso que estamos confidenciando isso a vocês. Então como agradecimento pelos jogos que você participou aqui, pelas partidas que você fez com que corresse tudo bem, nós vamos te fazer essa pequena homenagem - me entregou uma placa, escrito meu nome e o número de jogos do Santos que eu atuei. Eu estava estarrecida, eu não sabia como reagir, estava emocionada, triste, acaba, mas não por estar me despedindo, e sim, por saber que, o amor da minha vida vai embora e eu fiquei sabendo disso, já no ápice da transferência. 
É claro! agora tudo faz sentido, a televisão que a Nadine desligou, o jornal que o Neymar escondeu, a ansiedade dela... olhei para os camarotes e todos estavam ali, desde a família, até os amigos, inclusive a Gabi, que não comentou nada sobre isso comigo.
O Vinicius me entregou a placa e eu nem sei o que eu falei no microfone, só queria sair dali o mais rápido possível. Fui indo pro vestiário e ouvi a voz do Júnior, bem ao fundo, olhei para trás, mas continuei andando. Entrei no vestiário e fui arrumando as minhas coisas. O resto do pessoal já havia saído, então restava apenas a minha pessoa ali. Guardei a placa, joguei apenas uma água no corpo e me vesti. Estava preparando minhas coisas pra sair dali, quando senti que não estava mais sozinha, olhei pra trás e, sim, ele estava ali, com os olhos vermelhos, todo arrumado e com sua placa na mão
Neymar: eu posso falar com você? - eu fiquei o olhando...





Oi amorees!
Postei mais um e espero que vocês tenham gostado.
O que estão achando da história?
Me deem sugestões e ideias, são sempre bem-vindas.
O Neymar tá indo embora :( e aí, o que será que a Clara vai dizer a ele?
Comentem bastante, por que caiu bastante o número de comentários.
Tem o blog da Dani também, que está pra acabar, mas tem pouquíssimos comentários, então me ajudem, comentem, opinem e etc.
Obrigada pelos 20 comentários no ultimo capítulo.
Beijos!!

















terça-feira, 16 de junho de 2015

Capítulo 38 - Só não esquece do que eu sempre falo, tudo que eu faço, é pensando no teu bem...

Capítulo dedicado ao LD e em especial pra Ranielly, vulgo Laura, que eu odeio.


Uns vinte minutos depois, o Neymar entrou no quarto com a minha bolsa e a mochila dele
Júnior: demorei? - fechou a porta e colocou as coisas no sofazinho ali
Clara: não... trouxe tudo? 
Júnior: sim senhora, até seu carregador
Clara: que eficiente você - ele riu
Júnior: sempre - se gabou
Clara: não força - rimos
Ficamos conversando um pouco, trouxeram o meu jantar, comi junto com o Júnior e depois nos acomodamos. Ele falou da reação do Gui e da Gabi ao saberem que eu estava no hospital, falamos sobre outros assuntos e eu acabei dormindo.
23.08.2014 - Sábado
Bom, nesses treze dias que se passaram, pouca coisa mudou, meu pai continua na mesma, eu estou bem melhor e, meu namoro com o Júnior continua estranho.
Acordei as 06h40, pois hoje voltarm as minhas aulas. Me arrumei, fui pra cozinha e a Rose já havia preparado o meu café da manhã
Clara: bom dia, Ro - me sentei
Rose: bom dia, minha linda - sorriu e me serviu
Clara: obrigada - sorri fraco e meu celular apitou. Olhei e era mensagem do Júnior no whats
Bom dia! 
Quando voltar da faculdade, me avisa
Preciso falar com vc
Beijos...
Achei estranho, mas respondi
Ok
Travei meu celular e comecei a comer. Assim que terminei, escoveus dentes, me despedi da Rose e fui pra faculdade.
[...]
Depois das aulas chatas do Dalton, saímos por volta das 11h50. Me despedi do pessoal, entrei no meu carro e mandei mensagem pro Júnior, avisando-o que estava indo pra casa.
Saí da facul agr
To indo pra lá
Nem respondi. Travei o celular e dei partida. Cheguei em casa depois de longos trinta minutos, por conta de um engarrafamento. Estacionei o carro na garagem, peguei minhas coisas e subi. Entrei no meu apê, deixei minhas coisas ali na sala e fui até a cozinha
Clara: Ro, cheguei... - ela apareceu ali
Rose: demorou - me deu um beijo
Clara: muito trânsito -ri - se o Júnior chegar, fala pra ele ir pro meu quarto
Rose: é... ele já está lá - riu fraco e, não sei por que, mas um sentimento ruim tomou conta de mim
Clara: ok então, vou lá - sorri e saí de lá. Entrei no meu quarto e vi o Júnior de pé, olhando o meu mural de fotos, onde a maioria era de nós dois - oi - ele me olhou
Júnior: oi - fechei a porta, fui até ele, que me deu um selinho, um tanto quanto seco - tudo bem?
Clara: aham, e você?
Júnior: é, to bem... dá pra gente conversar?
Clara: claro - me sentei na cama - pode falar 
Júnior: bom, é que... meu, eu não sei por onde começar - passou as mãos por seus cabelos - Clara, é que, eu não quero te prejudicar em nada sabe, não queria que as coisas acontecessem desse jeito e... - ele parecia não encontrar as palavras corretas
Clara: do que você tá falando, Júnior? - senti meu coração apertar
Júnior: independente de qualquer coisa, só me escuta e tenta me entender, por que, não tá sendo fácil pra mim - ele parecia perdido, sem saber o que queria ou estava fazendo
Clara: o que tá acontecendo? - disse já preocupada
Júnior: eu só quero que você fale que me desculpa por tudo - percebi seus olhos vermelhos
Clara: Júnior, eu não estou te entendendo, onde você quer chegar com isso? - meus olhos marejaram
Júnior: Clara, eu... não dá - eu fiquei o olhando, ainda sem entender - eu... eu quero terminar - disse rápido e, baixo, mas alto o bastante pra eu escutar. Eu fiquei o olhando sem reação, queria acreditar que aquilo não passava de uma brincadeira
Clara: você tá brincando né, fala que isso é uma brincadeira
Júnior: vai ser melhor assim...
Clara: melhor pra quem, Júnior, pra quem? - desabei no choro
Júnior: só fala que me perdoa por isso, por favor
Clara: por que, Júnior? só me fala o por que
Júnior: me desculpa - chegou perto de mim e eu me levantei, ficando de costas pra ele
Clara: desculpar? - ri - cara, olha o que você tá fazendo
Júnior: por fav... - eu me virei pra ele, o interrompendo
Clara: você me traiu, é isso? eu te perdoo, Júnior, eu me ausentei demais, foi culpa minha né, tudo bem, eu desculpo, ma - me interrompeu
Júnior: Clara, PARA! olha o que você ta falando, é claro que eu não te traí. Se tivesse feito isso, eu mesmo não me perdoaria
Clara: então é por que, Júnior? - disse enquanto chorava
Júnior: desculpa, Clara - secou seu rosto
Clara: vai embora
Júnior: me entende, eu não que - o interrompi novamente
Clara: VAI EMBORA! - ele me encarou
Júnior: me desculpa... - veio se aproximando e eu me afastei
Clara: você me prometeu que não iria me deixar, prometeu pro meu pai - me sentei na cama, com os cotovelos apoiados nas pernas e a cabeça nas mãos
Júnior: eu não vou te deixar, vou continuar do teu lado, mas como amigo - eu ri
Clara: eu não quero a sua amizade... você me fez acreditar que com você seria diferente... por que? - o olhei
Júnior: um dia você vai me entender
Clara: não faz isso... - neguei lentamente com a cabeça
Júnior: só não esquece do que eu sempre falo, tudo o que eu faço, é pensando no teu bem... - disse isso e saiu fechando a porta, sem mais delongas, me deixou ali, sem me explicar, sem me deixar entender nada, apenas me deixou. Fiquei olhando pra minha aliança e todas as lembranças me vieram a cabeça, me fazendo chorar ainda mais.

Júnior POV on:
Saí do apartamento da Clara sem rumo, não sabia se o que eu acabara de fazer, era o certo, mas pra mim, era o jeito menos pior de me afastar dela. Não sei como ela iria reagir se soubesse de tudo. Não sei como vai reagir ainda quando souber. 
Entrei no meu carro e dei partida, sem nem saber pra onde iria. 
Júnior: ah Clara, me desculpa... - minhas lágrimas desciam sem cessar... nunca imaginei que eu ficaria assim por uma mulher.
Eu não queria que ela sofresse, mas está sendo pior do que eu pensei.
Júnior POV off.

Guilherme POV on:
Estava na minha casa com a Dani, assistindo um filme, até meu celular tocar. Olhei e era a Clara, a Dani pausou o filme e eu atendi
Início:
Gui: diga meu amor
Clara: Gui - ela estava chorando e não falou mais nada
Gui: Clara, o que foi? - me sentei - onde você tá? - a Dani me olhou
Clara: Gui, me ajuda - disse entre soluços
Gui: pelo amor de Deus, o que aconteceu, Clara? é com o teu pai?
Clara: não, vem aqui, por favor
Gui: você tá na sua casa?
Clara: to, vem logo, por favor
Gui: tá eu to indo, fica calma, beijo
Clara: beijo
Fim
Dani: o que aconteceu? - eu levantei
Gui: não sei, ela só chora - vesti minha camisa - vou na casa dela, quer ir?
Dani: não, eu tenho que ir pro consultório ainda
Gui: vai ficar aqui né? - ela assentiu - vou lá então - coloquei meu chinelo - avisa o Cris tá?! - ela assentiu, dei um selinho nela, peguei meu celular e saí do quarto. Peguei a chave do quarto e desci. Fui pra casa da Clara voando, meu celular tocou e como estava no farol, olhei, era o NJ, botei no fone do carro e atendi
Início:
Gui: fala irmão
Júnior:preciso de um favor seu, mano - ele estava com voz de choro 
Gui: o que aconteceu, Juninho?
Júnior: eu terminei com a Clara, vai lá ver ela, por favor - eu não acredito que ele fez isso
Gui: po NJ, falei pra tu não fazer isso, irmão
Júnior: depois a gente conversa, Gui, só faz esse favor pra mim e não fala pra ela o motivo
Gui: eu já tava indo pra lá, mas po, Juninho, tu não contou? mano, assim não, cara
Júnior: por favor, Gui - eu respirei fundo
Gui: tá, beleza
Júnior: valeu
Gui: toiss
Fim
Eu tava puto com ele, falei pra não fazer isso, merda! Fui o mais rápido que eu pude pra casa da Clara, cheguei em sampa depois de trinta minutos, estacionei o carro lá na frente do condomínio dela, desci do carro, alarmei-o e entrei. Subi e toquei a campainha, quem atendeu foi a tia Rose, falei com ela e fui pro quarto da Clara.
Guilherme POV off.

Depois que falei com o Gui, a Rose veio aqui no quarto e eu não consegui falar nada, só chorei. Ela me acalmou e eu consegui contar apenas que o Júnior tinha terminado comigo, ou seja, tudo, por que nem o motivo pra tudo isso, eu sabia. Uns vinte minutos depois, a campainha tocou, provavelmente era o Gui, a Ro foi atender e disse que nos deixaria a sós.Um tempo depois, vi a porta se abrir, olhei e era o Gui, ele fechou a porta e veio até a cama
Gui: vem cá - abriu os braços e eu me levantei, o abraçando em seguida, deixando desabar todas as lágrimas que restavam em mim - calma, meu amor - passou a mão pelos meus cabelos
Clara: Gui, por que ele fez isso? - ele me abraçou mais forte
Gui: calma, não fica assim - eu me soltei dele e nos olhamos
Clara: você sabe de alguma coisa? se você sabe, me fala Gui, por favor
Gui: eu, eu não sei, Clara - secou meu rosto
Clara: cara, ele mandou mensagem pra mim, dizendo que a gente precisava conversar, e do nada, ele vem falando que queria terminar - me sentei na cama - ele nem sequer me deu um motivo pra isso, Gui - voltei a chorar ele sentou do meu lado
Gui: Clara, olha pra mim - o fiz - não fica assim, por favor. Eu sei que é difícil pra você, vocês eram muito apegados, não se desgrudavam, mas agora é bola pra frente
Clara: Gui, eu só queria o motivo, ele terminou sem mais nem menos. Eu cogitei a possibilidade de a culpa ser minha, por ter faltado com a atenção em relação a ele, mas ele teria falado que foi por isso. Eu só queria entender o por que, sabe?!
Gui: eu sei, Clarinha... mano, eu não sei o que falar, cara
Clara: tá, eu sei, ele é seu amigo - sequei meu rosto e o olhei - ele tem outra pessoa?
Gui: é claro que não, Clara, tá louca? Juninho te ama - eu ri
Clara: ah, ama... ama tanto, que terminou comigo e, o pior, sem nem me falar o motivo. E ainda fala que foi pro meu bem - ri com ironia - engraçado isso né
Gui: conversa com ele, com calma, pede pra ele te explicar
Clara: como, Guilherme? ele me falou tudo e eu fiquei tão calma, que, nem eu acreditei, eu queria que ele me explicasse, eu estava esperando a explicação dele, mas ela não veio. Você tem noção, do que é você amar uma pessoa, achar que tudo vai dar certo com ela e, do nada, ela termina com você e nem te fala o porque, você tem noção?
Gui: eu sei que é difícil, meu amor, mas você é forte. Tu superou até quando foi o Pedro lá, que, acho que foi até pior
Clara: não, não foi pior, com o Pedro eu terminei, sabendo o por que. Com o Neymar, nem isso - respirei fundo

Júnior POV on:
Fui pro meu apartamento aqui de Sampa mesmo. Deixei o carro na garagem e subi, entrei no apê e as luzes da sala e cozinha estavam acesas
Júnior: quem tá aí? - minha voz falhou, por que o choro ainda estava entalado na garganta
xxxx: sou eu, Juninho - meu pai apareceu ali - o que aconteceu?
Júnior: veio pra cá, por que? - me joguei no sofá
Neymar: o Big me deixou aqui e foi buscar a Rafaella no aeroporto... mas por que tu tá chorando aí? - veio e se sentou ao meu lado
Júnior: terminei com a Clara - joguei minha cabeça pra trás e fechei os olhos
Neymar: tu não fez isso, por causa do que eu to pensando, ou fez? - eu o olhei
Júnior: de ontem? - ele assentiu - foi
Neymar: Juninho, não é assim filho
Júnior: pai, você queria queria que eu fizesse o que? ela ia sofrer mais, eu não ia poder estar do lado dela, foi melhor assim
Neymar: melhor pra quem? pra quem não queria te ver com ela? pra quem só tava esperando essa brecha pra se aproveitar de um de vocês dois?
Júnior: você nem gostava dela, tá aí se doendo por que?
Neymar: fala direito comigo, mlk, não gostava dela, mas percebi a pessoa que ela era e você não devia ter feito isso, não por esse motivo. 
Júnior: ah pai, qual é? eu não sei qual seria a reação dela
Neymar: e qual motivo você deu, pra terminar com ela?
Júnior: nenhum - ele me olhou - só disse que ia ser melhor assim - coloquei as duas mãos no rosto
Neymar: foi tão melhor, que tá você sofrendo aqui e ela sofrendo lá. Eu conversei com você, filho
Júnior: eu sei pai, eu sei, mas agora já era, tá feito, um dia ela vai me entender e quando tudo isso passar, eu vou reconquistar ela
Neymar: bom, eu não vou falar, mais nada, só que, depois você se prepara pra conversar com a sua mãe, pra aguentar a Rafaella e toda essa pressão que vai cair em cima de você
Júnior: tá, eu sei, mas não quero pensar nisso agora. Vou dormir aqui essa noite, tô indo pro quarto - demos um toque e fui pro meu quarto. Me joguei na cama, peguei meu celular e fiquei endo nossas fotos. Eu não devia ter feito isso... Saí da galeria do meu celular e liguei pro Gui, chamou algumas vezes e ele atendeu
Início
Gui: fala, mano
Júnior: tá com ela?
Gui: tô aqui na casa dela
Júnior: como ela tá?
Gui: agora ela dormiu, tá malzona, meu
Júnior: cuida dela pra mim, irmão
Gui: tu não devia ter feito isso, mano
Júnior: tá cara, eu sei, mas agora já era, tá feito
Gui: ela vai querer saber o motivo pra tudo isso
Júnior: tá, eu sei, mas uma hora ela vai descobrir, de qualquer jeito
Gui: é, mas tu sabe que ela vai ficar ainda com mais raiva de você, por que pra ela isso com certeza não seria motivo pra tu terminar com ela
Júnior: Gui, na moral, não me deixa pior não
Gui: po Juninho, tu vacilou, irmão
Júnior: eu sei mano, eu sei
Gui: tá... eu vou desligar aqui, vou ligar pra Marcela, ver como tá o Marcão, por que dependendo, nem deixo ela ir pro hospital hoje
Júnior: beleza, faz isso sim... obrigadão mano
Gui: relaxa, to fazendo isso por ela NJ, tu sabe, ela é como se fosse uma irmã pra mim
Júnior: então tu tá querendo me matar
Gui: certamente - rimos fraco - vou desligar, irmão, fica bem aí
Júnior: valeu Gui, flw
Fim
Eu sempre fazendo tudo errado, coisa boa de se ver hein... se arrependimento matasse, certamente a Clara estaria chorando em cima do meu caixão.
Júnior POV off.

Acordei e olhei pro lado, o Gui estava sentado na mesinha do computador, me olhando
Gui: tá melhor? - só assenti
Clara: que horas são?
Gui: sete e trinta e dois
Clara: nossa, já? - ele assentiu - preciso ligar pra minha mãe
Gui: eu liguei pra ela já, ela disse que você só precisa ir pra lá, se quiser - eu respirei fundo - quer ir?
Clara: não sei
Gui: se quiser, eu te levo
Clara: não precisa, você deve estar cansado, tá a mó tempão aqui, pode ir pra casa
Gui: tá louca? to contigo mano, não vou te deixar sozinha
Clara: eu ligo pra Gabi
Gui: a Gabi a essas horas, deve estar se divertindo em algum restaurante com o Gil - eu sorri de lado
Clara: te amo, seu ogro - ri e o abracei
Gui: eu também te amo, fiona - rimos - falei com o Juninho - me olhou receoso
Clara: legal - levantei a sobrancelha - vou tomar um banho e vou pro hospital
Gui: te deixo lá e vou pra casa pegar umas roupas
Clara: Gui, não precisa, fica lá com a Dani
Gui: relaxa, Maria, vai tomar seu banho - eu ri fraco, peguei minhas coisas e fui pro banheiro. Tomei um banho demorado, saí, me sequei, vesti minhas roupas lá mesmo e saí, encontrando o Gui, sentado na minha cama
Gui: pensei que tinha descido pelo ralo
Clara: vou emagrecer mais um pouquinho e aí será possível - ele riu
Gui: termina de se arrumar logo, vai
Clara: você manda em mim, desde quando mesmo?
Gui: cala a boca e vai logo
Clara: fala direito comigo, babaca - ele riu - fala pra Dani vir pra cá com você então, aí vocês almoçam comigo amanhã
Gui: nossa, você pensa né, que legal - pegou o celular - vou ligar pra ela, termina logo, senão fica tarde
Clara: tá - revirei os olhos e ele foi ali pra sacada, fui na frente do espelho e acabei olhando pras fotos, que estava atrás de mim, me virei e fiquei as olhando. Fui até elas e as tirei uma por um dali, juntei-as e as coloquei em uma caixinha vazia, que estava no meu criado-mudo. Voltei pra frente do espelho, passei só um corretivo e rímel, arrumei minha bolsa com meus documentos e o Gui voltou ali pra dentro
Gui: pronto? - eu assenti - bora
Clara: a Dani vem? - ele assentiu - deixa só eu guardar isso - peguei a caixa e a coloquei dentro do meu closet, mais precisamente, no fundo de onde ficam minhas blusas de frio. Saímos do quarto, falei com a Ro, que iria ao hospital, mas que, voltaria rápido, estava indo só pra ocupar a cabeça com o meu pai e esquecer um pouco do Júnior. Saí de lá com o Gui, entramos no carro dele e fomos rumo ao Sírio. Chegando lá, o Gui se despediu de mim, desci do carro e ele foi pra Santos, pegar a Dani. Entrei no hospital, me identifiquei e subi até o andar em que meu pai se encontrava. Saí do elevador e vi a maior correria de médicos ali no corredor, achei estranho, mas continuei andando e encontrei minha mãe desesperada, falando com um médico, fui até eles, já preocupada
Clara: mãe, o que aconteceu? - a olhei assustada e ela me encarou chorando - mãe, me fala o que aconteceu
Marcela: filha, o seu pai...






CARALHO (desculpem o palavrão), que saudade disso aqui!!
Voltei meus amoress. Espero que não tenham me abandonado.
Comentem bastante e me deem ideias. O que estão achando?
Como ficou o capítulo? Deem a opinião de vocês!
Obrigada pela compreensão em relação à minha ausência.
Beijos e quinta tem postagem em DaMar!!