quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Capítulo 36 - Mais um dia

"Acordei" na quarta-feira (06/08) mais cansada do que quando me deitei. Me levantei, fiz minhas higienes, tomei um banho, me troquei e peguei meu celular. Abri o whats e tinha várias mensagens, entre elas, duas do Júnior
Amanhã você me espera,
vou no hospital com você
Te amo muito
Respondi né
Ok, vem que horas?
Daqui a pouco eu to aí
Ta bom, bjs
Bjs
Respondi o resto do pessoal e fiquei conversando com o Gui, depois liguei pra Rose e deixei ela por dentro de tudo. Ela disse que assim que terminasse de fazer as compras da casa dela, viria pra cá. Me sentei no sofá e fiquei pensando em tudo, de como minha vida foi do céu ao inferno do dia pra noite. Pensei no meu pai, se ele está realmente bem, ou se aquilo é apensa uma armadura "contra mim". Quando dei por mim, percebi que estava chorando e ouvi a campainha tocar. Me levantei, sequei meu rosto, vi pelo olho mágico e era o Júnior, abri a porta e nem dei tempo de ele falar nada, só o abracei o mais forte que pude e chorei, chorei feito criança
Júnior: amor, calma - disse retribuindo na mesma intensidade e nos colocando pra dentro, pra poder fechar a porta - eu não gosto de te ver assim
Clara: por que com ele Júnior? - o olhei e ele colocou as mãos no meu rosto
Júnior: eu não sei por que com ele, mas você ter se feito a mesma pergunta quando eu me machuquei, e eu estou aqui agora - me sentou no sofá e se sentou ao meu lado
Clara: eu sei, mas é diferente, eu corro o risco de perder meu pai e eu não quero isso
Júnior: olha pra mim - me fez o olhar - o seu pai vai ficar bem, acredita que ele vai ficar bem, você pensando negativo, só vai piorar
Clara: mas eu não consigo não pensar no pior - sequei meu rosto - eu sei como é arriscado esses tumores, no mesmo momento que a pessoa tá bem, ela pode piorar e vice-versa, é difícil pra mim
Júnior: tá, eu sei, mas seu pai ainda quer te acompanhar por muito tempo, ele vai ser forte e você tem que ser também. Vai dar tudo certo - me abraçou
Clara: obrigada... e me desculpa por ontem - desfiz o abraço e o olhei
Júnior: não precisa se desculpar, eu te entendo. Eu é que fui idiota por ter te deixado ficar sozinha, desculpa
Clara: era seu direito - sorri de canto - pra que ele te chamou?
Júnior: ah... nada, ele só queria me ver, pediu pra eu ficar do seu lado - ele falou meio com receio, e eu percebi que não foi só isso
Clara: só isso? - ele assentiu - você insiste em tentar me enganar né, me fala o que ele te disse - ele respirou fundo
Júnior: tá... ele disse que era pra eu ficar do seu lado e não te deixar, cuidar de você por ele, por que ele não sabe se vai sair dessa e é pra eu cuidar de você por ele
Clara: tá vendo cara, nem ele acredita que vai sair dessa - voltei a chorar
Júnior: Clara, olha aqui - o olhei - ele vai ficar bem sim! e eu vou cuidar e estar com você, com ele estando ou não naquele hospital, já te disse isso
Clara: ele não merecia isso
Júnior: a gente sabe que não, mas se Deus quis assim, é por que algo bom vem depois, acredita amor
Clara: eu acredito - sequei meu rosto e sorri sem mostrar os dentes - eu te amo - o dei um selinho demorado, que ele fez questão de prolongar, até a falta de ar nos atrapalhar
Júnior: eu também te amo, muito - segurou meu rosto com as duas mão e me deu um selinho demorado, que logo após emendou outro beijo delicioso - linda - me deu um selinho e eu sorri - já tomou café da manhã? - eu neguei - e por que?
Clara: por que eu to sem fome - dei de ombros
Júnior: hmm, mas eu não, então você vai comer na padaria comigo - deu um sorriso mostrando os dentes
Clara: qual a parte do "eu não estou com fome" que você não entendeu? - ele riu
Júnior: e qual a parte do "você vai comer na padaria comigo" você não entendeu? - eu revirei os olhos e ele riu novamente - agora é sério, você precisa comer alguma coisa - deu um beijo na ponta do meu nariz
Clara: tá, vamo então? quero ir logo pro hospital - peguei minha bolsa e levantei, ele fez o mesmo - como você veio?
Júnior: o Big me deixou aqui, bora - pegou a chave do seu carro, que eu havia deixado na mesinha de centro. Me certifiquei de que estava tudo certo ali e saímos, pegamos o elevador e fomos pra garagem - cuidou bem do meu filho?
Clara: seu filho é o Davi - revirei os olhos e entramos no carro
Júnior: esse aqui também, é meu xodó, você deveria se sentir honrada por eu deixar você dirigir ele - deu partida e ligou o som
Clara: mas nossa, tem ouro aqui dentro? - ele riu
Júnior: não, mas é meu primeiro carro, então tem um significado especial
Clara: deve ter comido várias aqui
Júnior: não comi nem você, quem dirá essas várias que tu ta falando - gargalhou e eu dei dois tapas em seu braço - ai ow
Clara: tu é muito idiota
Júnior: mas tu goxxta - falou igual carioca e eu ri - óo, primeira risada sincera do dia, efeitos do senhor Neymar Júnior, podem aplaudir - soltou o volante e bateu palma
Clara: para de ser retardado, quer nos matar? - abaixei as mãos dele o fazendo segurar o volante novamente e ele riu
Júnior: que chata - continuou rindo e estacionou o carro na frente da padaria - bora - desceu do carro, fiz o mesmo, ele o alarmou, entrelaçou nossos dedos e entramos lá. Graças a Deus estava vazia, tinha uns três ou quatro senhores, mas que nem olharam pro Júnior direito, então nos sentamos em uma das mesas do fundo, o carinha veio, anotou os pedidos, pediu um autógrafo uma foto e saiu - seu namoradinho conquista até homem, viu? - riu e eu o acompanhei
Clara: ta pra nascer um cara mais idiota que você, sério - ficamos ali, com ele tentando me distrair, nossos lanches chegaram e comemos, na verdade ele comeu, por que eu comi só metade e o querido fez questão de comer a outra parte, disse que não iria desperdiçar... aham, ele nem é um dragão né, ok. Tomamos um suco, ele pagou tudo, por pura insistência e saímos de lá, indo direto pro hospital. Chegamos lá, nos identificamos e entramos. Quando chegamos no corredor, já vi o Thiago e o tio Alex ali com a minha mãe
Júnior: bom dia, bom dia - cumprimentou eles, que o responderam
Clara: bom dia - dei um beijo nos três - como ele tá? - disse olhando pra minha mãe
Marcela: ele tá dormindo ainda, o médico disse que é efeito dos remédios
Thiago: e você, ta bem? - disse me olhando
Clara: ah, to tentando me acalmar aos poucos né, mas tá difícil - ele me olhou e me abraçou de lado
Thiago: sabe que to contigo né - eu assenti - o padrinho é forte, vai sair dessa, é só ter fé - deu um beijo na minha testa
Clara: cadê a tia Carla?
Alex: ela foi trabalhar, mas disse que depois do horário de almoço ela dá uma passada aqui - eu assenti e me sentei ao lado do Júnior, que passou o braço pelo meu ombro
Júnior: hoje não vai dar pra eu ficar o dia inteiro com você aqui, por que quatro horas eu tenho uma reunião lá em Santos
Clara: não tem problema, eu ligo pro Gui e peço pra ele ficar aqui, por que eu acho que o Thi e meu tio também vão trabalhar e minha mãe precisa descansar um pouco
Júnior: mas assim que acabar lá, eu volto pra cá, vou dormir com você hoje - eu assenti e encostei a cabeça em seu peito
xxxx: Marcela? - olhei e era o médico de ontem, minha mãe se levantou - o Marcos já acordou e tenho uma boa notícia, ele está respirando sem os tubos - na hora que eu ouvi isso, parece que saiu um peso das minhas costas. Abracei o Júnior e ele me deu um selinho
Júnior: eu falei pra você - disse baixo pra mim e sorriu
Marcela: e ele já pode receber as visitas?
xxxx: pode sim
Marcela: bom, então pode ir você dois - olhou pro Thi e o tio Alex, que logo levantaram e foram lá no quarto, acompanhados do médico, que só os deixaram lá e saiu - ai que bom que não precisa mais dos tubos, espero que agora ele se recupere bem - eu me levantei e a abracei
Clara: vai dar tudo certo, mãe - desfiz o abraço e sorri
Marcela: se Deus quiser, sim - sorriu
Júnior: Ma, você não quer ir lá embaixo comer alguma coisa?
Marcela: ai, eu to morrendo de fome, acho que vou lá sim. Se eles saírem, vocês já podem entrar, tá? eu vou depois - nós assentimos - vocês querem alguma coisa?
Clara: não, a gente acabou de comer
Marcela: então eu to indo lá, vou pegar minha bolsa no quarto - foi lá, pegou-a e desceu
Júnior: viu, vai dar tudo certo, é só acreditar - me deu um selinho
Clara: eu sei - sorri - logo logo ele ta de volta - ele sorriu e me abraçou forte - obrigada por estar comigo
Júnior: te amo - deu um beijo no meu pescoço, ainda enquanto estávamos abraçados
Clara: também te amo - desfiz o abraço e dei um selinho nele - vou falar com o Gui, pra ver se ele pode vir pra cá - ele assentiu, peguei meu celular, me sentei e ele se sentou ao meu lado. Disquei o número do Gui, chamou umas quatro vezes e ele atendeu
Início
Gui: oi Clarinha
Clara: te acordei?
Gui: não, acabei de levantar - deu uma risadinha - aconteceu alguma coisa?
Clara: não, só queria saber se tem como você vir aqui no hospital, lá pra umas duas horas, por que o Jú tem reunião e minha mãe tem que descansar, não queria ficar sozinha aqui
Gui: claro que eu vou po, pode deixar que mais tarde eu to aí... como você tá?
Clara: obrigada... to ficando mais calma
Gui: e o Marcão
Clara: parece que deu uma melhorada, já ta respirando sozinho - sorri
Gui: opa, aí sim hein mano. Mais tarde to aí pra ver ele então
Clara: ta bom, obrigada tá
Gui: tu sabe que não precisa agradecer... aah, vou levar uma amiga minha junto tá?!
Clara: amiga, sei - ele riu - é gente boa?
Gui: claro né, o Gui não vacila - eu ri fraco
Clara: então tá bom, espero vocês
Gui: beleza, beijo
Clara: beijo
Fim
Júnior: vai vir? - eu assenti
Clara: disse que vai trazer uma amiga - fiz aspas com a mão e ele riu
Júnior: se tá assim, é por que a coisa ta ficando séria - eu ri
Clara: se for gente boa, eu deixo
Júnior: tu tem que deixar desde quando?
Clara: desde sempre, querido - ele riu e deu um beijo na minha bochecha - ai que sono - me encostei na cadeira
Júnior: não dormiu nada né - neguei - vou te dopar hoje - rimos
Clara: não precisa, acho que hoje eu consigo dormir tranquila - ficamos ali conversando, os dois saíram do quarto e nós entramos. Falamos com o meu pai e a primeira coisa que ele falou pro Júnior foi "eu disse que você dobrava" e riram, eu não entendi e eles não me explicaram, ok, tudo bem, sem ressentimento. Ficamos por cerca de uma hora ali com ele e saímos, minha mãe já tinha voltado e o Thiago já tinha ido com o tio.
Marcela: como ele ta?
Clara: parece estar bem, ele disse que a cabeça ainda dói, mas não é tanto. Vai lá
Marcela: vou - me deu um beijo, outro no Júnior e foi
Júnior: viu como ele tá bem melhor?! daqui a pouco ele já tá em casa
Clara: ui, doutor Neymar Júnior - ele riu
Júnior: eu to falando sério, tu viu como ele já tá até falando mais firme
Clara: eu sei, mas pode ter "recaída" nunca é certeza que continue asim
Júnior: mas pensamento positivo sempre né
Clara: claro - sorri. Continuamos conversando e quando deu 12h30, nós descemos pro restaurante que havia lá embaixo e comemos algumas coisas. Quando subimos, minha mãe estava com a tia Carla, no corredor - oi tia - a cumprimentei
Carla: e aí meu amor, ta mais tranquila? - eu assenti - vai dar tudo certo - eu sorri - oi Ney
Júnior: tudo bem tia Carla? - a cumprimentou
Carla: tudo sim
Ela logo foi ver meu pai e minha mãe foi junto. Ficaram por uns trinta minutos, pois a tia voltaria pro trabalho. Minha mãe foi almoçar e o Gui chegou ali, com uma menina loira
Gui: e aí meu amor - me levantei e ele me abraçou - ta bem? - assenti e desfizemos o abraço - e aí meu guerra - falou com o Júnior
Júnior: eae viadinho - riu
Gui: se liga ow - riu - ae, essa é a Dani e Dani, essa é a Clara, minha amigona, que eu falo pra você
Dani: prazer - me cumprimentou
Clara: prazer é meu sorri
Dani: fiquei sabendo do seu pai... espero que ele melhore
Clara: obrigada, vai melhorar sim, se Deus quiser
Gui: e esse merda aqui, não preciso falar quem é, Neyzin, mais conhecido como pipoca - eu ri
Júnior: vai se foder mlk - riu - prazer Dani - a cumprimentou
Dani: prazer é meu - sorriu
Gui: então mlk, tu pode vazar já, por que o de fé da Clarinha já chegou - riu e o Júnior mostrou o dedo pra ele - alá Clarinha - riu
Clara: sei de nada não - o Júnior olhou no relógio
Júnior: mas ae, já vou ter que vazar mesmo, ta dando minha hora - me olhou - o trânsito tá parado pra descer? - perguntou pro Gui
Gui: que nada mlk, tudo tranquilo, até estranhei
Júnior: melhor, assim não me atraso
Gui: vai poder tomar seu banho de duas horas - rimos
Júnior: me chupa vai Guilherme - riu - to indo então - se aproximou de mim - qualquer coisa, me liga - eu assenti e ele me deu um selinho - de noite eu to aqui - me deu um beijo rápido
Clara: dirige com cuidado tá?! - ele assentiu
Júnior: pode ficar sossegada - deu um beijo na minha testa - vou lá - me beijou e foi parando com selinhos - te amo
Clara: te amo - sorri e dei um selinho demorado nele - agora vai, senão você se atrasa - dei mais um selinho
Gui: que porra de melação hein meu, nossa senhora - nós rimos
Dani: para de ser chato Guilherme
Clara: obrigada Dani - ela riu
Júnior: agora é com você mlk - riu - falou aí, e cuida dela direito - tocou na mão do Gui
Gui: se liga, aqui é responsa - riu - vai lá mlk
Júnior: tchau Dani
Dani: tchau
Júnior: deixa um beijo pra tua mãe - eu assenti e ele me deu um selinho - tem alguma coisa sua lá no carro?
Clara: acho que não
Júnior: então to indo - me deu um beijo rápido - fuui - deu uma corridinha até o elevador, que tinha acabado de sair um pessoal
Gui: e aí, como ele tá?
Clara: parece bem melhor, já ta falando sem aquelas pausas, por causa da falta de ar. Espero que ele fique 100% logo
Gui: vai ficar Clarinha - minha mãe apareceu ali - opa, e aí tia Marcela
Marcela: tudo bem Gui?
Gui: tudo... essa aqui é a Dani, e Dani, essa é a Marcela, mãe da Clarinha
Dani: prazer - sorriu
Marcela: prazer é meu - retribuiu - sua namorada? - olhou pro Gui e eu ri
Gui: é... quase isso - eu e a Dani rimos
Marcela: entendi - riu - já foi ver o Marcos?
Gui: tava esperando tu me autorizar - riu
Clara: ai que mentira mãe, tava é atormentando o Júnior - ela riu
Marcela: falando nele, cadê?
Clara: tem reunião hoje, mas mais tarde ele volta. E a senhora pode ir pra casa descansar
Marcela: não, eu to bem
Clara: mãe, é sério, vai, descansa só um pouco, o Gui e a Dani vão ficar comigo. Quando o Júnior voltar, eu te ligo e você vem, aí eu vou embora e a gente vai revezando
Marcela: ai, ta bom
Clara: você trouxe mala sua, sei lá, alguma coisa?
Marcela: trouxe umas roupas pra eu trocar né
Clara: então, aí você vai lá pra casa, toma um banho e descansa, a Rose deve estar lá já
Marcela: ah, então vou fazer isso mesmo, é até menos cansativo
Clara: então vai, qualquer coisa eu te ligo - ela assentiu - toma a chave de lá - peguei na minha bolsa e a entreguei - tem um quarto lá que tá arrumado
Gui: vulgo, o meu - eu ri
Clara: se liga - ele riu - mas se você quiser, pode ficar no meu
Marcela: então tá, vou lá - nos despedimos dela e ficamos sentados ali, conversando, a Dani parecia até ser bem legal, tá no caminho da aprovação rs.
Por volta das 19h40, o Júnior me ligou, avisando que já estava na estrada e que em uns vinte minutos, estaria aqui.
Clara: Júnior já ta vindo
Gui: tranquilo
Continuamos conversando e um tempo depois o Júnior chegou
Júnior: pode vazar Guilherme - a Dani riu - minha vez - riu
Gui: tão maduro você - revirou os olhos e riu
Júnior: tu que ensinou isso pra ele né - rimos e ele me deu um selinho - e teu pai?
Clara: na mesma, ele ta dormindo
Gui: bom, eu to indo nessa, por que tem que receber uns pedidos lá na Dom - se levantou
Clara: obrigada viu - dei um beijo nele
Gui: não fiz mais que minha obrigação - deu um beijo na minha testa - falou boiolinha - tocou na mão do Jú
Júnior: falou machão - riu
Dani: tchau gente - se despediu de mim e do Júnior
Clara: tchau Dani, qualquer dia, com mais clima a gente conversa direito - ri fraco
Dani: opa - riu também. O Gui falou mais alguma coisa com o Júnior e logo eles foram embora. Me sentei com o Júnior e o olhei
Clara: o que era lá na reunião?
Júnior: ah... nada de mais não, mesma coisa de sempre - deu um risinho
Clara: mesma coisa de sempre? - levantei a sobrancelha
Júnior: é ué - deu de ombros
Clara: hm
Júnior: e tua mãe, foi pra casa?
Clara: tá lá em casa, daqui a pouco eu ligo pra ela
Júnior: nada de novidade com o teu pai?
Clara: por enquanto não... to com saudade do Davi
Júnior: amanhã ele vai passar o dia comigo, vou ficar lá no teu apê então
Clara: ótima ideia, o Davi é profissional em me distrair e fazer rir - ele riu. Ficamos ali por um tempo e umas 20h30 eu liguei pra minha mãe, a queridona disse que já tinha saído do apê, olha isso minha gente. - ela já saiu de lá
Júnior: antes de você ligar?
Clara: é - ri
Júnior: isso que é amor pelo maridão - riu - quando a gente casar, você vai ser assim também?
Clara: não - ele me olhou sério - se meu bom Deus quiser, você não vai passar por isso - ele sorriu e me deu um selinho
Júnior: já ia quebrar tua cara aqui mesmo - eu ri
Clara: coitado - ele riu. Continuamos conversando e logo minha mãe chegou. Fui no quarto com o Jú, demos um beijo no meu pai e nos despedimos da minha mãe. Entramos no carro e ele deu partida
Júnior: vai querer comprar alguma coisa pra gente comer?
Clara: não, a tia Rose já voltou, deve ter feito alguma coisa
Júnior: aí eu dou valor hein, comidinha de qualidade
Clara: ta querendo dizer o que com isso? - o olhei, ele me olhou rápido e rindo
Júnior: nada amor, que comprar comida da rua ou industrializada, não tem qualidade né - riu
Clara: tem nem vergonha na cara, tu vai ver quando que eu vou fazer comida pra você
Júnior: ó, eu to brincando hein, parou - ficou sério, mas voltou a rir
Clara: eu não to vendo essa graça toda hein
Júnior: a graça ta nessa sua carinha de bunda, de quem não gosta de ser zoada - eu revirei os olhos
Júnior: te amo mozão - riu e eu virei o rosto, também tenho o direito de rir né - sabe nem disfarçar - gargalhou
Clara: me deixa - ri. Fomos nesse climinha pro meu apê, chegamos lá e a Rose tinha preparado um Strogonoff de carne, o Júnior adora, já eu, prefiro de frango, mass, não vou recusar haha. Comemos com as palhaçadas dele com a tia e logo terminamos. Ajudamos a Rosinha ali e depois fomos pro meu quarto. O Júnior disse que só ia se trocar, então fui no banheiro, tomei um banho rapidinho, escovei meus dentes e voltei pro quarto - amor - ele me olhou - me fala dessa reunião aí
Júnior: eu já falei, Clara
Clara: nossa, to perguntando numa boa, precisa falar desse jeito não, eu hein - me deitei na cama
Júnior: eu já falei e você fica perguntando de novo meu
Clara: ta Júnior, ta bom, não pergunto mais nada pra você
Júnior: ah, para de graça vai
Clara: eu to de graça? te perguntei o negócio de boa e você vem com grosseria, tava de boa até agora
Júnior: ta meu, chega, já foi - eu bufei e virei pro lado. Uns minutos depois, senti ele deitar também e logo depois abraçar minha cintura, nem dei trela também - boa noite - deu um beijo na minha bochecha
Clara: boa noite - ele riu e se ajeitou na cama, idiota! Fiquei um tempinho ainda acordada conversando com Deus, pedindo pelo meu pai e logo dormi.
10/08 (domingo)
Nesses dias que se passaram, pouca coisa mudou. Meu pai infelizmente deu uma piorada na sexta e os médicos estão cogitando a possibilidade de dar uns remédios mais fortes pra ele, que façam efeito, por que as dores são constantes desde quinta. Eu tento manter a calma e pensar que tudo vai ficar bem, mas as vezes é meio impossível. O Gui, a Gabi e o pessoal estão me ajudando pra caramba, quando eu to no hospital, sempre tem um deles comigo e ultimamente é só no hospital que eu to ficando, nem tv eu assisto mais. E o Júnior... bom, o Júnior tá meio estranho desde o dia da tal reunião, sempre tem alguma coisa pra fazer ou resolver e quase não fica comigo. Não sei se, eu é que não dou a atenção que deveria, a ele ou se, sei lá, ta acontecendo alguma coisa, mas ele não é o mesmo de uma semana atrás, isso é fato.
Hoje assim que acordei, fiz minhas higienes, tomei meu banho e fui pra cozinha
Clara: bom dia Ro - dei um beijo nela
Rose: bom dia meu amor, que carinha de cansada
Clara: eu to acabada Ro, você nem imagina
Rose: vai ter que começar a tomar remédio pra dormi
Clara: não, pelo amor de Deus - ri fraco - bom, to indo pro hospital
Rose: mas você nem comeu nada Clara
Clara: to sem fome, depois eu como qualquer coisa no hospital - mentira, ultimamente nem me alimentado direito eu to
Rose: mas é pra comer hein
Clara: pode deixar, to indo - dei um beijo nela , fui pra sala, peguei minha bolsa, celular, chave do carro e saí de casa







Demorei, mas postei.
Como eu disse, o pc ta com problema 
e eu tenho que escrever de pouco em pouco.
Mas tá aí. Espero que estejam gostando.
O que será que o Júnior tem???
Comentem e deixem suas ideias.
Beijos e obrigada pelos comentários.



















sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Capitulo 35 - "não vai me dizer que você também sabia disso..."

-Lembrando que o Neymar ainda está narrando-

Chegamos no aeroporto faltando 20 minutos pro nosso voo, e foi o tempo suficiente pra pegarmos as passagens no balcão e fazer os procedimentos.
Embarcamos e o silêncio da Clara estava me atordoando
Junior: amor - ela me olhou - não sofre antecipadamente
Clara: Junior, como? não é antecipadamente, meu pai não ta bem faz tempo e agora minha mãe me liga desesperada, como você quer que eu fique? - falou calma, mas nitidamente irritada com a situação
Junior: ta, eu sei, mas não fica assim, seja o que for, acredita que vai ficar tudo bem - ela respirou fundo e eu a puxei pra mais perto de mim - dorme um pouco - dei um beijo na testa dela
Clara: se eu conseguir né - fechou os olhos
Junior: eu ajudo - dei um sorriso de lado e comecei a acariciar os cabelos dela. Alguns minutos depois, ela já estava dormindo. Respirei fundo e joguei minha cabeça pra trás, o fato de eu saber de tudo e não poder contar pra ela nem agora, me deixa maluco, eu pensei que tudo já tivesse se resolvido, apesar de a Marcela não ter me falado nada nesse ultimo mês... Em meio a tantos pensamentos, acabei dormindo também.

Junior POV off
Acordei com o Ju me chamando e eu queria acreditar que o motivo pelo qual estamos voltando antecipadamente, fosse apenas um sonho, mas não era.
Clara: já chegamos?
Junior: já - sorriu de canto e passou a mão no meu rosto - vamos? - eu respirei fundo e assenti, ele me deu um selinho e nos levantamos. Saímos do avião, fomos pegar nossas malas e fomos pro estacionamento dali, onde o Junior tinha deixado o carro. Ele falou com o rapaz, pagou os dias que o carro ficou guardado e entramos no mesmo
Clara: se você quiser só me deixar lá e ir pra casa, pode ir ta - ele deu partida
Junior: claro que não, eu vou com você
Clara: não precisa amor
Junior: não discute, eu vou com você - me olhou rapidamente e voltou sua atenção pra direção
Clara: teimoso - encostei a cabeça no banco
Junior: to aprendendo contigo - eu ri fraco. Fomos o caminho inteiro com ele me fazendo sempre conversar sobre algo, acho que pra eu não ficar tão preocupada quanto já estava. Cerca de uns trinta minutos, nós chegamos no Sírio. Ele colocou o carro no estacionamento e antes de descermos, ele segurou meu braço, eu o olhei - independente de qualquer coisa, não esquece que eu só faço as coisas pensando no seu bem - eu fiquei sem entender, mas dei um sorriso e assenti. Ele me deu um selinho demorado e descemos do carro. O Junior alarmou o mesmo e entrelaçou nossas mãos. Entramos lá no hospital e claro que os olhares se lançaram todos em nos, mas eu não tinha cabeça pra dar atenção a isso. Fomos ate o balcão de informações e o Junior falou com a moça - boa tarde - ela assentiu e sorriu - a gente quer saber onde se encontra o paciente Marcos Bertolli 
xxxx: só um instante - mexeu lá no computador - vocês são o que dele?
Clara: ele é meu pai - o Junior me olhou
xxxx: vocês poderiam me apresentar um documento com foto? - nos olhou, peguei meu RG, a entreguei e o Junior fez o mesmo com a habilitação dele - ok, o sr. Marcos já esta no quarto, fica no quinto andar, leito cinco três sete
Clara: obrigada - pegamos nossos documentos e fomos pro elevador - o que aconteceu com o meu pai? - olhei pra cima e uma lágrima escorreu
Junior: calma amor - me abraçou e deu um beijo na minha testa. Descemos no quinto andar e fomos procurando o quarto, até que eu vi minha mãe sentada em uma das cadeiras que tinha ali no corredor, chorando
Clara: mãe - me soltei do Junior, e corri ate ela, que quando ouviu minha voz, me olhou e se levantou - me fala o que aconteceu com o meu pai, mãe, por favor - comecei a chorar e ela olhou pro Junior
Marcela: calma filha, senta aqui - se sentou e apontou para seu lado
Clara: eu não quero sentar mãe, eu só quero saber do meu pai
Junior: senta amor - eu o olhei e me sentei, ele veio até mim e ficou parado na minha frente
Clara: fala mãe! - ela respirou fundo
Marcela: lembra quando você estava achando eu e seu pai muito diferentes? - eu assenti, tentando me acalmar - é que seu pai começou a sentir dores de cabeça muito fortes e frequentes - ela falava com pausas, nitidamente segurando o choro - nós não te falamos nada porque não queríamos te preocupar. Eu levei ele ao médico, ele passava alguns remédios, mas nenhum resolvia, até que eu resolvi levar ele no São Luiz, falei o que ele tinha e os remédios que tinham sido passados. O médico resolveu fazer uma tomografia. Ele disse que não tinha nada e passou mais remédios - pausou
Clara: continua mãe - disse já nervosa
Marcela: nós fomos fazendo os procedimentos, mas as dores continuaram, isso durou pelo menos uns dois meses, até que, no mês passado, um pouco antes do Junior se machucar - olhou pra ele - nós fomos no médico novamente, por que seu pai não estava aguentando. O medico novamente fez a tomografia - voltou a chorar e eu me desesperei, já começando a chorar também - ele viu uma mancha no cérebro do seu pai e... ele disse que podia ser um tumor - eu me desesperei ainda mais
Clara: me fala que meu pai ta bem - eu chorava feito criança
Marcela: o médico não deu certeza, ele tinha dito que poderia, ou não, ser. Fomos fazendo exames diariamente, até que foi diagnosticado o tumor - pausou, por causa do choro e eu coloquei as mãos na cabeça
Clara: cade meu pai?
Marcela: calma, ele dormiu depois da cirurgia - como assim?
Clara: COMO ASSIM CIRURGIA? VOCÊ NÃO PODIA TER ESCONDIDO ISSO DE MIM
Junior: calma Clara
Marcela: eu precisei filha... depois da cirurgia ele não teve 100% de sucesso na mesma e... ele ta respirando com ajuda dos tubos de oxigênio - nessa hora eu desabei
Clara: VOCÊ NÃO TINHA ESSE DIREITO MÃE E SE ELE NÃO RESISTISSE? EU IA FICAR SABENDO DA MORTE DELE COMO? VOCÊ ME TRAIU MÃE! - me levantei - CADE MEU PAI? EU QUERO VER ELE - quando me virei pra procurar o quarto, o Junior segurou meu braço
Junior: olha pra mim - eu o olhei - calma, fica calma, você gritando não vai ajudar em nada
Clara: é meu pai Junior, meu pai... - desabei no choro novamente e cai na cadeira - você não tinha esse direito mãe, não tinha - coloquei as mãos na cabeça e vi que o Junior se afastou
Marcela: filha, me desculpa - o Junior chegou ali com um copo de água e me entregou - eu não queria que você sofresse antes
Clara: eu to sofrendo agora, ou você não ta percebendo? e poderia sofrer depois né... meu Deus, meu pai não - voltei a chorar e o Junior se sentou ao eu lado
xxxx: dona Marcela - disse um rapaz que, creio eu, que seja o médico e ela o olhou - o sr. Marcos acordou - ela se levantou - a senhora me acompanha?
Marcela: claro - nos olhou e foi com o doutor
Clara: ta vendo, eu disse que tava acontecendo alguma coisa, eu disse Junior - voltei a chorar e ele me abraçou - minha mãe não podia ter feito isso comigo, isso é injusto
Junior: amor, a gente só escondeu de você, por que não era certeza - a gente? me soltei dele e o olhei, ele passou a mão no rosto depois de perceber o que falou
Clara: como assim, "a gente"? não, não vai me dizer que você também sabia disso... - ele ficou me olhando - eu não acredito nisso
Junior: amor, sua mãe tinha me pedido...
Clara: e dai Junior? sua namorada sou eu, você sabia de tudo e não me contou - eu falava com a voz elevada - você me me prometeu não esconder nada Junior, prometeu... nem em você eu posso confiar - chorei ainda mais
Junior: Clara, me ouve meu, eu queria te contar, eu não trai sua confiança, sua mãe me fez prometer que não te contaria até ela ter certeza de tudo
Clara: E MESMO DEPOIS DE SABER, VOCÊ NÃO ME CONTOU
Junior: para de gritar - ele falava calmo - eu juro que eu não sabia que havia mesmo o tumor, sua mãe também parou de me dar noticias a um bom tempo - eu o olhava sem acreditar no que estava acontecendo - acredita em mim amor, eu não fiz por mal, foi um pedido da sua mãe
Clara: você me prometeu Junior... e mesmo assim me escondeu tudo. Desde quando você sabia?
Junior: desde aquela vez que você foi pro Rio me ver - abaixou a cabeça
Clara: você não podia Junior
Junior: amor, me desculpa - percebi seus olhos vermelhos
Clara: me deixa pensar Junior, é muita coisa pra minha cabeça - minha mãe apareceu ali
Marcela: você quer ver seu pai?
Clara: quero - passei a mão no rosto
Marcela: pode ir, é aquele - apontou pra uma porta e olhou pro Junior. Eu me levantei e fui até a mesma, sem nem esperar que o Neymar viesse atrás, e não veio. Entrei no quarto e me deparei com a pior cena da minha vida. Meu pai deitado em uma cama, com um lado da cabeça raspada, a marca da costura e aqueles tubos todos
Clara: pai - me desabei no choro e corri até a cama
Marcos: filha - falou fraco e ao mesmo tempo baixo, por conta da máscara 
Clara: por que não me contou, pai? - segurei sua mão
Marcos: eu não queria te deixar triste, você estava tão feliz
Clara: mas agora eu to sofrendo pai, você tinha que ter me contado
Marcos: agora... já foi filha, eu vou ficar bem, fica tranquila
Clara: como eu vou ficar tranquila, vendo você nesse estado, pai? - tentei conter o choro, mas era quase impossível

Junior POV on.

Acabei vacilando e deixei escapar que eu também sabia sobre o pai dela. Eu sabia que ela ia ficar chateada comigo, mas o que eu podia fazer? a mãe dela me pediu...
A Marcela chegou ali e a Clara foi ver seu pai, eu ia junto, mas creio que deveria ser um momento dos dois. Aproveitei e liguei pra minha mãe, avisando do ocorrido e ela disse que viria com o meu pai. Aproveitei e avisei o Gui, a Clara iria precisar dele. A Ma sentou do meu lado e me olhou
Marcela: vocês estavam discutindo? - eu assenti e sequei a lagrima que tinha acabado de escorrer no meu rosto
Junior: eu acabei soltando que eu sabia - respirei fundo
Marcela: me desculpa por causar isso, eu não devia ter te contado... eu vou conversar com ela, você não tem culpa de nada
Junior: e nem você, ela ta de cabeça quente, depois eu converso com ela
Marcela: obrigada por cumprir sua palavra e por ter cuidado dela - sorriu
Junior: eu fiz meu papel - sorri de canto
Junior POV off

Clara: você não ta conseguindo respirar, pai?
Marcos: é meio difícil ainda, eu fiz a cirurgia ontem e comecei a tomar alguns remédios hoje, mas eu vou melhorar filha, daqui a pouco vou estar pronto pra outra - tentou parecer animado
Clara: não brinca com isso pai - passei a mão no rosto dele - ai pai, eu não queria te ver assim - voltei a chorar e dei um beijo na mão dele
Marcos: não chora filha... eu to aqui e prometo que eu vou estar sempre - falou com alguns segundos de pausa, por conta da respiração
Clara: eu queria poder trocar de lugar com você
Marcos: você não sabe o que está falando... o Neymar veio também?
Clara: ta... ele ta lá fora, por que não deixaram ele me contar?
Marcos: era preciso Clara, um dia você vai entender... chama  ele pra mim? - eu passei a mão no rosto e assenti
Clara: vou lá - dei um beijo na testa dele - eu te amo
Marcos: eu também te amo, filha - soltei sua mão e sai do quarto. Fui até os dois, que me olharam 
Clara: é... meu pai quer te ver - disse olhando pro Junior, que logo se levantou
Junior: vou lá - eu assenti e ele saiu dali

Junior POV on:
Entrei no quarto e, eu fiquei surpreso ao ver o Marcos naquele estado...
Marcos: e ai mlk - disse assim que eu cheguei perto da cama
Junior: e ai Marcão, que susto hein - ele riu fraco e baixo
Marcos: são as provas da vida, meu genro... ela ficou brava por saber que você estava por dentro né?! - eu assenti - mas você sabe como dobrar ela, nem se preocupa - eu ri fraco
Junior: e você, vai sair dessa né
Marcos: claro, daqui a pouco to pronto pra outra
Junior: a Clara que não te ouça dizer isso - rimos 
Marcos: ela já me deu uma bronca - riu fraco - mas eu te chamei aqui pra te pedir uma coisa...
Junior: pode falar
Marcos: brincadeiras a parte... eu não sei se eu vou sair dessa merda - seria cômico, se não fosse trágico, ver ele falando assim - eu to tentando ficar forte, pra poder fazer isso ainda por muito tempo, mas se eu não conseguir, eu quero que você cuide da Clara por mim e não saia do lado dela por nada
Junior: não fala assim Marcão, se Deus quiser, você vai sair dessa e vai poder cuidar e ficar do lado dela também
Marcos: só promete isso pra mim... - eu respirei fundo
Junior: eu prometo, prometo que vou fazer de tudo pra ela e por ela - vi que uma lagrima escorreu no rosto dele
Junior POV off

Marcela: mas Clara, ele não teve culpa, se você tem que ficar com raiva de alguém, esse alguém sou eu
Clara: ele também escondeu de mim, os dois falharam comigo, não tem essa
Marcela: Clara, EU - deu enfase - que pedi pra ele não te contar, o fiz prometer isso
Clara: mas ele não tinha esse direito, na verdade, nenhum de vocês
Marcela: entende ele... e eu tinha esse direito sim, eu sei o que é bom pra você. Se eu tivesse te contado desde o começo, você teria aproveitado, como aproveitou ao lado dele e dos seus amigos? - eu fiquei a olhando
Clara: isso não justifica - virei o rosto e vi a Nadine e o seo Neymar, com a Rafa e o Gui
Nadine: nós viemos assim que o Juninho avisou - eu me levantei e abracei o Gui, tentei segurar, mas acabei chorando de novo
Gui: fica calma meu amor - retribuiu ainda mais forte - vai ficar tudo bem, pequena - passou a mão no meu cabelo
Clara: por que com ele Gui? - desfiz o abraço e o olhei
Gui: Deus sabe o que faz Clarinha, nada é em vão - secou meu rosto - ele vai ficar bem - deu um beijo na minha testa
Rafa: cu - veio até mim e me abraçou - to do seu lado ta - eu apenas assenti, por que se falasse, certamente voltaria a chorar
Clara: obrigada Rafa - dei um beijo na bochecha dela e o Neymar veio até mim
Neymar: não sofre assim não ta, seu pai é um cara forte, ele vai sair dessa, confia em Deus - me abraçou e eu chorei de novo
Clara: obrigada... - desfiz o abraço e ele segurou minhas mãos
Neymar: pode contar com a gente ta?! - eu assenti e ele me deu um beijo na testa. Me afastei e sentei-me ao lado da tia Na, que estava ao lado da minha mãe
Nadine: oh minha linda, não fica assim não, se Deus quiser ele vai sair dessa melhor do que nunca, você vai ver
Clara: é tão ruim, Na - ela me abraçou
Nadine: eu sei minha filha, mas você precisa ser forte, pra ele ficar bem logo, você vai precisar ajudar sua mãe também
Clara: eu sei, mas é difícil
Nadine: mas vai passar - desfizemos o abraco - o Juninho ta lá dentro com ele? - eu assenti e ela deu um sorriso de lado. Logo vimos o Junior ali, ele estava com uma cara de quem tinha chorado - ele ainda esta acordado? - ele assentiu e deu um beijo nela
Marcela: se vocês quiserem ir ver ele, podem ir - olhei as horas e já passavam das 21h
Neymar: vamos? - disse olhando pra Nadine, que assentiu - nós vamos la então - minha mãe assentiu
Rafa: vou também - se levantou e os acompanhou
Gui: na hora que vocês saírem, eu vou - eles assentiram e saíram dali, o Gui me olhou - Clara, vem aqui - se levantou e foi indo pra um canto, me levantei, fui até ele e percebi que o Junior se sentou
Clara: fala Gui
Gui: você e o Juninho brigaram?
Clara: é, eu discuti com ele
Gui: por?
Clara: ele sabia que meu pai estava doente Gui - minha voz embargou
Gui: eu sei Clara, mas se coloca no lugar dele, sua mãe pediu
Clara: serio que você também sabia disso? - passei a mão no rosto e ia saindo, mas ele me puxou
Gui: para! olha pra mim - o olhei - me escuta! para de ser assim, ta parecendo aquelas meninas mimadas. Eu só sabia que sua mãe tinha contado e pedido pra ele não te falar nada, até confirmar o que seu pai tinha. E o Juninho também não ficou sabendo de nada, ele só sabia da suspeita - eu fiquei o olhando - porra Clara, entende meu, a gente só pensou no seu bem, em não te deixar preocupada com tudo isso
Clara: mesmo assim, eu deveria saber disso Gui e se ele morresse, não resistisse a cirurgia?
Gui: mas ele ta ai, vivo e daqui a pouco já vai estar em casa - disse firme
Clara: você ta certo... 
Gui: então, não fica assim com ele, tu sabe que ele só fez, pensando no seu bem - eu olhei pra la, mas não vi o Junior, só minha mãe e a Gabi com o Gil junto
Clara: ta, ta bom, eu vou conversar com ele... obrigada - sorri de canto
Gui: to contigo baixinha - me deu um abraco forte - bora pra lá - me abraçou de lado e fomos pra onde eles estavam
Gabi: como você ta? - se levantou e me abraçou
Clara: to ficando bem - sorri de canto - obrigada por ter vindo - desfiz o abraco - oi Gil
Gil: e ai baixinha - riu fraco e me deu um abraço - a gente ta com você hein
Clara: obrigada - sorri - cade o Junior? - disse olhando pra minha mãe
Marcela: disse que ia embora, mas ia ficar no apartamento aqui em São Paulo, qualquer coisa é só ligar pra ele - eu faço tudo errado mesmo, merda!
Ficamos ali, os meninos e a Gabi também foram ver meu pai e logo depois todos eles foram embora.
Marcela: vai pro teu apartamento descansar Clara, amanhã você volta
Clara: não, eu vou ficar
Marcela: vai pra casa, por favor, você ta cansada da viagem, de tudo, vai pra casa, amanhã você vem pra cá
Clara: promete que se acontecer alguma coisa, você me liga na hora?
Marcela: eu prometo - assentiu
Clara: ta - levantei - eu vou dar um beijo nele - ela assentiu e eu fui no quarto. Como ele já estava dormindo, só o dei um beijo mesmo e sai - to indo então, ta?! - ela se levantou
Marcela: o Junior deixou o carro dele pra você ir embora
Clara: e como ele foi?
Marcela: ele tinha ligado pro Big vir busca-lo
Clara: esse Junior não tem jeito - neguei - a chave ta com você? - ela pegou a mesma e me entregou - obrigada
Marcela: dirige com cuidado ta e vê se descansa - eu assenti - me liga quando chegar - nos abracamos - me desculpa
Clara: eu te amo - dei um beijo na bochecha dela
Marcela: também te amo - desfizemos o abraço
Clara: tchau - ela acenou e eu sai dali. Fui pro estacionamento e destravei o carro do Junior e entrei no mesmo. Me olhei no retrovisor, respirei fundo e dei partida.
Cheguei no meu apartamento super cansada, avisei minha mãe, fui pro meu quarto, tomei um banho e me joguei na cama. Fiquei pensando no Junior e me lembrei do que ele me falou antes de descermos do carro" independente de qualquer coisa, não esquece que eu só faço as coisas pensando no seu bem..." então resolvi mandar mensagem no whats 
Amor, n era pra vc ter ido embora
Me desculpa por ter te culpado
eu fiquei nervosa e perdi o controle
não queria ter falado daquele jeito
Relaxa, eu te entendo
Amanhã a gente conversa
Sério, me desculpa, n fiz por mal
Eu sei, agr descansa, boa noite
Eu te amo
Eu também te amo, muito
 
Travei meu celular e chorei. Não sei se, pela situação do meu pai, por ter discutido com três das pessoas que eu amo, ou por saber que o Junior ta chateado comigo...

Júnior POV on
Depois que a Clara me mandou mensagem, eu fiquei com a consciência pesada, não devia ter deixado ela lá, ela precisa de mim. Agora ela ta sozinha naquele apartamento, pior que nem a tia Rose vai pra lá, merda!
Eu juro que eu tento entender o por que de fazer tudo errado, acho que eu não nasci pra isso, única coisa que eu faço bem, é jogar futebol, e olhe lá.
Fiquei pensando na Clara e acabei mandando outra mensagem pra ela
Amanhã você me espera,
vou no hospital com você
Te amo muito


Galera, demorei por que meu pc estava com problema, na verdade ainda está. Mas consegui dar um jeitinho e aos trancos, fiz o cap.
O que vocês acharam?
Isso e só o começo do "nem tudo são flores".
Comentem e dêem opiniões.
Beijos!!