Clara: Mari, tô indo lá então
Mari: vai lá, no armário tem toalhas limpas, fica a vontade
Clara: ok, fui - mandei beijo, ela fez o mesmo e eu subi. Entrei no quarto de hóspedes, fechei a porta, separei uma roupinha mais fresca, deixei na cama, coloquei meu celular pra carregar e fui pro banheiro. Tomei um banho relativamente demorado, até por que, lavei o cabelo. Saí me sequei, vesti minha roupa, penteei meu cabelo e o deixei molhado mesmo; calcei meu chinelo, peguei meu celular e desci a escada. Ouvi a voz do Rafinha e outra que eu reconheceria mesmo se passasse anos sem ouvir. Fui indo até a cozinha e quando entrei lá, o Rafinha me olhou
Rafinha: olha ela aí - sorriu - temos companhia pro jantar - riu e eu sorri surpresa
Clara: oi gente - ri, não sei do que, mas ri. O que o Júnior estava fazendo ali, cara? - oi Neymar - fui o cumprimentar e ele acabou me abraçando, retribui né
Júnior: tudo bem?
Clara: tudo e você? - desfizemos o abraço
Júnior: tô bem - sorriu
Clara: e aí - dei um beijo no Rafinha
Rafinha: eu chamei o Neymar, por que achei que não tinha problema, até por que vocês já se conhecem e é mais tranquilo né
Clara: ah, não, sem problemas - sorri e olhei pro Júnior, que já estava me olhando
Rafinha: bom, eu vou tomar um banho e já desço tá - eu assenti - Mari, demora não tá - eu ri
Mari: tchau Rafael - riu - cara chato - rimos - gente, se vocês quiserem ficar lá na sala, fiquei a vontade viu - nos olhou
Clara: ah, pra mim tanto faz - olhei pro Júnior - quer ficar lá?
Júnior: pode ser - levantou do banco
Clara: a gente tá lá, Mari, qualquer coisa, me chama
Mari: fica sossegada - fomos pra sala, me sentei no sofá e o Júnior sentou do meu lado
Clara: e aí, já tá se acostumando aqui? - quebrei o silêncio ou ficaríamos igual dois idiotas ali
Júnior: ah, mais ou menos, o mais difícil é ficar longe do pessoal mesmo, de resto, tá de boa
Clara: mas seu pai tá aqui, não tá?
Júnior: tá né, mas não é a mesma coisa
Clara: é, eu sei - ri
Júnior: tu chegou hoje né
Clara: foi
Júnior: tu tá linda - me olhou sorrindo e eu fiquei sem graça. acreditem, ou não
Clara: ah, para - ri sem graça e ele riu também
Júnior: é que eu gosto de ver você com o cabelo molhado - olhou nos meus olhos
Clara: eu sei - sorri o olhando e, bateu uma saudade de ter ele pra mim
Júnior: mano... eu não aguento mais ficar longe de você - colocou a mão no meu rosto e eu fechei os olhos
Clara: Júnior...
Júnior: não fala nada - senti sua respiração próxima do meu rosto, abri os olhos e ficamos nos encarando - eu te amo - nem me deu tempo de falar nada e colou nossos lábios, pensei em recuar, mas eu também queria aquele beijo, então deixei rolar. Coloquei minha mão em sua nuca e demos início a um beijo cheio de saudade e, amor, muito amor, isso era nítido. Continuamos até eu ouvir um barulho na escada, encerrei o beijo, ele me deu um selinho e se afastou, olhei pra escada e o Rafinha estava descendo
Rafinha: opa, tô atrapalhando alguma coisa?
Clara: nã-não, claro que não - sorri fraco e o Júnior riu, o Rafinha o olhou
Júnior: relaxa - riu de novo e o Rafinha ficou sem entender, eu acho
Rafinha: bom, bora jantar então né, se a lerda da Mari já terminou - rimos e eu levantei do sofá
Júnior: comidinha brasileira, né irmão - eu o olhei e ele riu
Rafinha: claro, aqui é só brazuca - eles riram e fomos indo pra cozinha - e aí pereba, tá pronto
Mari: me respeita menino - ele riu e mandou beijo pra ela - tá pronto, já vou servir
Rafinha: cadê?
Mari: vai pra sala de jantar, por favor, insuportável - eu ri e ela revirou os olhos - ele me cansa - acabou rindo e nós acompanhamos
Rafinha: depois que fica sem receber, quer reclamar
Mari: coitado - ele riu e fomos indo pra sala de jantar, a Mari veio logo atrás com as coisas
Rafinha: pode trazer mais um prato, por que você vai comer com a gente - ela revirou os olhos e saiu dali - olha que abusada - eu e o Júnior rimos
Júnior: tá sem moral - riu
Clara: então né, quero comer
Rafinha: tá bem a vontade né - riu
Clara: você que disse pra eu ficar a vontade, tô ficando ué - rimos e o Júnior me olhou com uma cara estranha, ok, não entendi
Rafinha: se serve aí, fica MAIS a vontade - deu ênfase no mais e riu
Clara: nossa, desse jeito aí eu até perco a fome - rimos e a Mari voltou ali e se sentou ao meu lado, de frente pro Rafinha
Mari: se não estiver bom, podem falar viu
Rafinha: ah, eles vão falar sim, vão fazer cara de paisagem e dizer que tá uma delícia - ela o olhou de canto e ele gargalhou - te amo, chata
Clara: é muito amor mesmo - rimos. Jantamos num clima super agradável, Rafinha e Júnior já estão super entrosados, levando em conta que se conheceram a menos de dez dias né. Terminamos de comer e a Mari trouxe um sorvete pra gente, que ela mesmo havia feito. Tomamos em meio a risadas e depois fomos os quatro pro jardim
Mari: acho que comi demais
Clara: comemos né, por que eu tô super cheia - rimos
Rafinha: duas gordas
Júnior: a Clara come pra caramba mesmo - riu e eu o olhei - né não? - gargalhou
Clara: claro que não - acabei rindo. Ficamos ali conversando até umas 22h mais ou menos, que foi quando o Júnior disse que iria embora. O Rafinha com certeza fez de propósito, quando me pediu pra levar o Júnior até o portão, mas ok. Ele se despediu da Mari e do Rafinha, e saímos da casa, fomos até o portão e ele se virou pra mim - tchau né - o olhei
Júnior: depois a gente pode conversar?
Clara: claro, depois você me chama no whats - eu queria que ele fosse embora logo, não queria falar sobre o beijo, não aqui e agora
Júnior: tá, aí a gente marca alguma coisa
Clara: aham - assenti e abri o portão
Júnior: tchau
Clara: tchau - ele me deu um selinho e eu me assustei, até por que, não esperava né - cuidado, vai com Deus - ele sorriu
Júnior: amém, fica com Ele - foi indo até o carro - pode entrar já - abriu a porta do carro, eu acenei, ele fez o mesmo e fechei o portão assim que ele fechou a porta. Entrei e o Rafinha estava jogado no sofá
Clara: mal cheguei e você já tá de trairagem pro meu lado - ele riu
Rafinha: o que eu fiz?
Clara: não se faz de besta - me sentei no outro sofá
Rafinha: que brava - eu acabei rindo
Clara: cheio de graça ainda, mereço - rimos. Fiquei uns trinta minutos ali com ele, assistindo o finalzinho de um filme que estava passando e resolvi ir dormir - bom, tô indo - me levantei - amanhã você treina de manhã?
Rafinha: não, só de tarde
Clara: então pode ser umas oito e meia lá na academia?
Rafinha: tu que manda, profa - eu ri
Clara: besta - ele riu - então tá, oito e meia em ponto, esteja pronto e alimentado
Rafinha: quer mandar ainda - eu ri e dei um beijo em sua bochecha
Clara: boa noite, Rafael - ele gargalhou
Rafinha: boa noite, Clarinha - eu ri e fui pro quarto. Entrei, fechei a porta, fui ao banheiro, escovei meus dentes, troquei de roupa, prendi meu cabelo e me deitei. Desbloqueei meu celular, respondi um pessoal no whats e entrei no insta, fiquei vendo o feed, até aparecer uma foto que o Neymar tinha acabado de postar
neymarjr: Sou dependente desse amor, o seu beijo vicia, eu quero todo dia...
17 de outubro de 2014 (sexta-feira)
Acordei por volta das oito da manhã, tomei um banho, me vesti e arrumei meu cabelo, calcei meu tênis e desci, já encontrando o Rafinha ali na sala
Clara: nossa, madrugou hoje, hein querido - ele riu e dei um beijo em sua bochecha
Rafinha: ah, meu pai me ligou mó cedão, aí não consegui dormir mais - eu ri
Clara: que dó... já tomou café da manhã?
Rafinha: já, a Mari foi no mercado, mas deixou tudo pronto, pode comer lá
Clara: tô sem fome, vou comer só uma fruta e a gente já começa lá - fui indo pra cozinha, peguei uma maçã lá, a lavei e fui comendo pra sala
Rafinha: nunca vi isso, vai pra academia e fica comendo só uma maçãzinha
Clara: dá licença, a personal sou eu e não você - ele riu
Rafinha: não sei como o Neymar te aguentava - eu o olhei
Clara: tem tempo pra você saber ainda - sorri falso e ele gargalhou - besta
Rafinha: come logo isso aí - eu o olhei e comecei meio que, "ralar" a maçã no dente - mano, tu é muito pirracenta - ele riu e eu acabei rindo junto. Ficamos nesse climinha ali, terminei de comer minha maçã e descemos pra academia - ó, pega leve hoje tá, amanhã eu tenho jogo
Clara: vou pensar no seu caso
Rafinha: ah mano, olha o vacilo - eu ri
Clara: frouxo mesmo
Rafinha: me respeita ow - riu
Clara: quer fazer o que? aproveita minha boa vontade
Rafinha: uma corridinha de leve, tá bom né - eu ri
Clara: mole mesmo - liguei a esteira lá, programei e ele ficou me olhando - vai meu filho, a hora passa
Rafinha: nunca estive tão arrependido em toda minha vida - eu gargalhei e ele subiu na esteira
Clara: vai, pode iniciar
Rafinha: deixa eu me preparar - eu revirei os olhos - Maria Chata, esse deveria ser seu nome - eu ri e ele iniciou
Clara: controla a respiração, querido - ele me olhou - puxa pelo nariz e solta pela boca
Rafinha: ainda quer me ensinar a respirar
Clara: você tá fazendo errado, fodão - ele riu
Rafinha: pronto - respirou rápido - assim?
Clara: devagar né - ele foi regulando a respiração, ficou mais uns vinte minutinhos ali e saiu - abdominal?
Rafinha: vai, pode ser
Clara: que preguiçoso - rimos e ele se deitou no colchonete - isso você sabe fazer sozinho né
Rafinha: claro, Clara - fez graça e eu ri. Ele terminou de fazer, depois fez um pouquinho de musculação e subimos novamente - vou tomar um banho, por que quem cansa e sua sou eu né - eu ri
Clara: eu sou a professora, quem faz é você - ele riu com ironia e subiu as escadas.
[...]
Depois de jantarmos, subi pro quarto, tomei um banho rapidinho e me deitei, não demorou muito e acabei dormindo.
25 de outubro de 2014 (sábado)
Bom, nesses dias que se passaram, fiquei mais a vontade ainda com o Rafinha e principalmente com a Mari, conheci o pai dele e o Tiago, irmão dele, que também é jogador, os dois são super gentis e percebi que, o Rafinha é exatamente um espelho deles refletido, são idênticos, não em fisionomia, mas nas atitudes. Eu e o Júnior temos nos falado, digamos que, com frequência, combinamos de conversarmos amanhã, por que desde aquela quarta-feira, não tínhamos conversado como ele havia pedido. Hoje ele vem aqui na casa do Rafinha e acho que o Gu vem com ele, pois chegou hoje aqui na Espanha.
Depois do almoço, fui com o Rafinha pra academia e, digamos que, peguei pesado hoje hahaha, o coitado reclamou o tempo todo. Terminamos e subimos
Rafinha: meu, é serio, tô mortão, tu vai fazer uma massagem na minha perna viu
Clara: virei massagista agora?
Rafinha: minha perna tá doendo e a culpa é sua, minha querida - fomos subindo as escadas
Clara: mais folgado impossível
Rafinha: recado dado, não demora no banho - entrou no seu quarto e eu entrei no de hóspedes. Tomei um banho rapidinho (não foi por que ele mandou, ok?!), me troquei, peguei meu celular e desci, fui até a cozinha e a Mari não estava ali
Clara: Mari?! - a chamei e ela saiu da dispensa
Mari: oi, Clarinha - riu
Clara: pensei que você tinha sumido - ri e ela me acompanhou
Mari: não, eu estava vendo o que eu posso fazer hoje - riu - cadê o insuportável?
Clara: foi tomar banho - revirei os olhos - ainda quer que eu faça massagem nele, vê se pode - ela riu
Mari: deixa ele folgar não viu, senão já era - rimos e ele apareceu ali - o assunto chegou, acabou a conversa - rimos
Rafinha: hahaha - nos olhou sério e depois riu - bora, trouxe até a pomada pra você passar - levantou o potinho da pomada e eu fiquei o olhando - vamo, filha
Clara: meu, tu é muito folgado - ele riu - sério, qualquer dia eu pego minhas coisas e vou embora
Rafinha: faz isso não - eu ri
Clara: quem vê, pensa né - a Mari riu
Mari: ele só se faz
Rafinha: duas contra um, assim não dá - rimos - bora, Clarinha, sério, tá doendo - fez cara de dor e eu ri
Clara: fingido - rimos e fomos pra sala, ele se deitou no sofá, me sentei na ponta e ele subiu o shorts e me deu a pomada
Rafinha: me abusa não hein
Clara: ah, claro, vou te estuprar aqui - ele gargalhou
Rafinha: eu respeito o Ney, mas eu consentiria com o ato - eu gargalhei e dei um tapa na perna dele
Clara: idiota - rimos - e não sei por que respeita o Ney, tenho nada com ele
Rafinha: ah, qual é, tá na cara que vocês se gostam ainda - comecei a passar a pomada na coxa dele
Clara: isso não quer dizer que a gente tenha alguma coisa - o olhei
Rafinha: mas já tiveram, meu bem
Clara: mesmo assim - comecei a fazer a massagem
Rafinha: qualquer dia eu invento uma história pra fazer ciumes nele - riu
Clara: você é muito do mal, não faz isso, ele acredita e ainda pega pilha
Rafinha: dá nada, quero ver como ele fica - riu - ai - puxou a perna
Clara: o que foi? - ri
Rafinha: você apertou bem onde tá doendo, louca - eu ri de novo
Clara: desculpa - o interfone tocou
Rafinha: MARI, VÊ AQUI POR FAVOR - falou alto e ela apareceu ali, atendeu o interfone e apertou o botão pra abrir o portão
Clara: por que você depila a perna?
Rafinha: por que eu quero ué - eu belisquei a coxa dele - AI, ISSO DÓI - eu ri
Clara: sério? nem percebi - continuei fazendo massagem - princesinha
Rafinha: é, vou te mostrar a princesinha - eu ri - palhaça
xxxx: cheguei he... - parou e nós o olhamos, era o Júnior, que ficou nos olhando com uma cara estranha
Rafinha: eaee mlk - sorriu
Júnior: eae - me olhou, olhou pra perna do Rafinha, se aproximou e tocou na mão dele - oi Clara - me deu um beijo no rosto
Rafinha: aí mlk, além de personal, ganhei uma massagista também - riu e o Júnior riu fraco
Júnior: trouxe meu parceiro aí, Gustavo, Gu, esse é o Rafinha
Gustavo: eae, beleza? - deu um toque na mão dele
Rafinha: tranquilo mano, fica a vontade
Gustavo: e aí Clarinha - me deu um beijo
Clara: tudo bem, Gu?
Gustavo: tranquilo
Clara: pronto, Rafael - empurrei as pernas dele e levantei
Rafinha: sua bruta - eu ri
Clara: beijo pra você - continuei rindo e fui no banheiro ali debaixo, lavei minha mão e voltei pra sala, os três estavam conversando e o Júnior me olhou, não entendi essa cara dele, mas né, fazer o que. Me sentei ao lado do Gu e ficamos batendo um papo
Gustavo: mas e aí, tu volta quando?
Clara: no começo de dezembro só
Gustavo: que chato mano, Gabi tá sofrendo lá sem você - riu - a gente vai pro rolê e ela fica se lamentando - rimos
Clara: é muito amor po, também sinto mó falta dela, mas passa rapidinho, daqui a pouco eu tô de volta
Rafinha: vamo lá pra fora po, daqui a pouco o Dani chega aí também
Júnior: bora lá - eles levantaram
Clara: daqui a pouco eu vou, tenho que colocar meu celular pra carregar
Rafinha: esquece esse celular, menina
Clara: me deixa, menino - ele riu e eles foram lá pra fora. Fiquei um tempo ali ainda assistindo televisão e quando minha bateria estava no osso, eu subi pra colocar pra carregar, estava colocando na tomada, quando senti alguém entrando ali, olhei e era o Júnior - que susto - ri - o que tu tá fazendo aqui ow - o olhei e ele estava sério - Júnior?!
Júnior: que merda era aquela lá embaixo? - falou todo grosso e eu fiquei o olhando
Volteei!!!
Capítulo sem graça, mas ta aí, só pra vocês não ficarem sem.
Espero que tenham gostado mesmo assim e não tenham me abandonado.
Deem ideias, sugestões e digam o que estão achando.
Beijos e comentem bastante.
